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JOÃO CARLOS GOIA

João Carlos Goia é gerente do Senac Piracicaba, jornalista
pós-graduado em Criação de Imagem e Sons em Mídias Digitais e mestre em Educação

Burnout e seus impactos no trabalho, na educação e na vida

Já faz algum tempo que escrevi um artigo que tratava do conceito FIB (Felicidade Interna Bruta). Também já publiquei outro sobre a “Síndrome do Impostor”.

Apenas para recordarmos, na primeira situação, abordei como a felicidade de uma pessoa é convertida em engajamento e comprometimento com as empresas que trabalham, sendo por vezes, até mais importante do que o próprio salário.

Na segunda situação, o medo de fracassar ou não se sentir preparado para ocupar determinado cargo e responsabilidades, deu nome a essa síndrome, criando grande pressão psicológica junto às equipes, principalmente nas médias e altas lideranças. Essas situações servem para auxiliar nas leituras dos cenários corporativos e do clima organizacional, bem como, entender os fatores motivacionais, que certamente resultarão em ganho de produção e sinergia entre valores pessoais e institucionais.

Agora chegou a hora de conversarmos um pouco sobre o termo burnout, traduzindo, exaustão física, mental, distanciamento do trabalho e redução da eficácia, que via de regra, começam a partir de uma simples situação de sobrecarga prolongada de atividades, gerando ansiedade e estresse, inicialmente no ambiente de trabalho, mas que pode potencialmente, se espalhar para outras áreas da vida, incluindo a educação e o âmbito familiar.

Quero então aqui, chamar a atenção para tais impactos nessas diferentes esferas de nossa vida, bem como, caminhos para minimizarmos tais efeitos e melhorarmos nossa situação em cada um desses importantes pilares.

No mundo moderno, não é incomum enfrentarmos situações de pressões crescentes no ambiente de trabalho, levando o que seria inicialmente uma preocupação, passando pelo sintoma de estresse até o desenvolvimento do burnout. Este fenômeno pode resultar em sentimentos de esgotamento, despersonalização e diminuição da realização pessoal.

Funcionários que sofrem de burnout frequentemente experienciam uma queda na produtividade, aumento das faltas, chegando a afastamentos por longos períodos e, pesquisas indicam que tem 63% mais chance de se afastar por qualquer tipo de doença, chegando a diminuição da produtividade e qualidade do trabalho.

Além disso, o ambiente de trabalho pode se tornar um lugar tóxico, prejudicando a colaboração e a atmosfera geral, inclusive, fazendo com que muitos, procurem outro emprego, mesmo que signifique redução de salário ou benefícios.

Falando sobre a educação, o burnout também pode afetar estudantes e educadores, pois muitos alunos, ao enfrentarem uma carga excessiva de trabalho escolar, competição intensa e altas expectativas, podem desenvolver um status de estresse crônico e isso pode levá-los ao agravamento das sensações, chegando a concretização de problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, além de afetar todo seu desempenho acadêmico.

Educadores, por sua vez, lidam com demandas crescentes, como preparação de aulas, avaliações e responsabilidades administrativas, sem falar no desafio de auxiliar o grupo nessas questões emocionais, já citadas.

Dessa forma, o burnout pode prejudicar a qualidade do ensino, causar alta rotatividade e reduzir o entusiasmo em sala de aula, impactando diretamente a experiência educacional dos alunos.

Quando transportamos tais sintomas para o âmbito pessoal, percebemos uma diminuição do interesse em atividades que costumavam trazer prazer, bem como, isolamento social e relacionamentos prejudicados. A exaustão constante pode levar a uma queda na qualidade de vida, afetando negativamente a saúde física e mental de todos nós.

Então, conhecendo esse mal e todas suas características e impactos, faz-se necessário desenharmos estratégias de prevenção e gerenciamento da síndrome, pois essa atitude será crucial para manter um equilíbrio saudável entre trabalho, educação e vida pessoal.

Para citar apenas algumas estratégias, comecemos por definirmos e estabelecermos limites claros entre trabalho, estudos e tempo pessoal; implementar a prática do autocuidado, como priorizar o sono adequado, uma dieta equilibrada, exercícios e atividades de relaxamento; melhorar a qualidade da comunicação, expressando sentimentos e preocupações aos colegas de trabalho, principalmente liderança, aos amigos e familiares, pois ao fazermos isso, automaticamente sentiremos um nível de alívio dessa sensação de estresse; aprender a dizer não, quando necessário, aceitando que não é possível fazer e dar conta de tudo, dentro do possível, recusando inclusive tarefas extras; finalmente e não menos importante, buscar ajuda profissional, por meio de terapia, aconselhamento e orientação profissional e pessoal.

Sendo assim e entendendo os impactos que o burnout pode causar em todas as esferas, torna-se fundamental reconhecer os sinais precoces, adotando essas medidas preventivas citadas, assumindo o gerenciamento da situação e, buscando dessa forma, viver de forma mais tranquila, alcançando a tão sonhada qualidade de vida que todos buscamos.

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