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JOÃO CARLOS GOIA

João Carlos Goia é gerente do Senac Piracicaba, jornalista
pós-graduado em Criação de Imagem e Sons em Mídias Digitais e mestre em Educação

A força e a representatividade da mulher no mercado de trabalho

Aproveitando o mês em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, gostaria de tecer algumas breves palavras sobre o que temos testemunhado, tanto na questão de avanços, bem como, desafios persistentes que exigem atenção e ação contínua e ainda enfrentados diariamente.

Entendo que não tenho lugar de fala neste sentido, mas peço licença poética a todas as mulheres, independente de sua profissão ou ocupação, para propor uma reflexão conjunta, fazendo com que, principalmente o gênero masculino, entenda como pode ajudar nesse processo em busca de uma sociedade mais justa e com os mesmos direitos e respeito.

Já dizia um velho (e equivocado) ditado: “por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher”. Deixando de lado o contexto dessa fala e suas implicações por décadas, enquanto gestor da área educacional de uma grande instituição, vivencio situações bem diferentes.

Vejo diariamente, mulheres empoderadas e que fazem as coisas acontecerem, em seu trabalho, em suas casas e, na maioria dos casos, sendo o carro chefe condutor da família, dos sonhos e das realizações.

Olhando para as áreas que atuamos e oferecemos qualificação profissional, temos inúmeras delas, que há algum tempo, eram ocupadas 100% pelo gênero masculino e, hoje, temos grande parte do alunado composto pelo público feminino, comprovando mais uma vez, que lugar da mulher, é onde ela quiser, desejar e sentir-se bem.

Em muitos aspectos, as mulheres têm alcançado progressos notáveis no mercado de trabalho, inclusive em setores que antes eram, da mesma forma que na sala de aula, predominantemente masculinos e, que agora veem um número crescente de mulheres assumindo papéis de liderança e contribuindo com suas habilidades e talentos, leia-se campos como ciência, tecnologia, engenharia, matemática, segurança do trabalho, motoristas, operários dentro de fábricas e tantos outros.

Fico feliz em poder afirmar, que esses avanços, em grande parte, são resultados de esforços para promover a igualdade de gênero no acesso à educação e oportunidades de carreira, afinal, empresas em todo o mundo estão reconhecendo os benefícios da diversidade e inclusão, adotando políticas e práticas que apoiam o progresso das mulheres e combatem tal discriminação.

Claro que não iremos aqui, “tapar o sol com a peneira” e romantizar esse processo de lutas e conquistas, pois todos sabemos que as mulheres ainda enfrentam uma série de desafios, em casa, na rua e, principalmente, no trabalho.

A disparidade salarial de gênero é um problema persistente em muitos países, com as mulheres recebendo, em média, salários mais baixos do que seus colegas do sexo masculino, mesmo desempenhando funções semelhantes e até mesmo performando melhor.

Além disso, as mulheres continuam sub-representadas em cargos de liderança e tomada de decisão, principalmente na política. A “escada corporativa” muitas vezes parece estar fora de alcance para as mulheres devido a barreiras invisíveis, como preconceitos de gênero, estereótipos e falta de apoio institucional e cultura machista persistente.

Não esqueçamos ainda, da maternidade, pois esse momento na vida da mulher, representa um outro significativo desafio, pois a pressão para conciliar carreira e vida familiar muitas vezes, recai desproporcionalmente sobre ela, dificultando o avanço profissional e, consequentemente, suas realizações pessoais.

Precisamos avançar ainda mais e, por isso, faz-se necessário um esforço conjunto de indivíduos, empresas e governos. As empresas devem adotar políticas de recrutamento e promoção que impulsionem a diversidade e a inclusão, além de garantir a igualdade salarial para todos os funcionários.

Os governos têm um papel crucial a desempenhar na criação de leis e regulamentações que protejam os direitos das mulheres no local de trabalho e combatam a discriminação de gênero, principalmente pensando no desrespeito, violência física e moral e situações de assédio. Além disso, é fundamental investir em programas de educação e capacitação que preparem as mulheres para ocupar posições de liderança em todos os setores da economia.

Individualmente, as mulheres devem se capacitar, buscar oportunidades de desenvolvimento profissional e desafiar os estereótipos de gênero que possam limitar seu progresso. Ao mesmo tempo, é importante que os homens se tornem aliados na luta por essa igualdade, reconhecendo seus privilégios e apoiando ativamente o avanço das mulheres dentro e fora as instituições que trabalham.

Celebremos as conquistas, os avanços até aqui, porém, é necessário, permanecermos vigilantes e comprometidos em enfrentar os desafios que ainda persistem. Que tal começarmos mudando nosso modelo mental e já alterar a frase inicial, repetindo agora:

Ao lado de uma grande mulher ou de um grande homem, sempre existirão outros grandes homens e outras grandes mulheres.

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