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BARJAS NEGRI

Político, ex-prefeito de Piracicaba

A importância dos 35 anos da Pastoral da Criança

A Pastoral da Criança foi criada em 1983, no Paraná, pela dra. Zilda Arns Neumann e pelo arcebispo de Londrina, dom Geraldo Magela. Naquela época, a mortalidade infantil era muito alta e não existia o Sistema Único de Saúde (SUS). Bem por isso, as ações da Pastoral que trabalhava com pessoas voluntárias e realizava o acompanhamento de gestantes e crianças até 6 anos, com orientações nutricionais, visitas domiciliares mensais e a pesagem dos bebês. Pela sua importância espalhou-se rapidamente por todo território nacional.

Na gestão de José Serra, ministro da Saúde e quando exercia o cargo de secretário-executivo, reconhecemos a importância do trabalho da Pastoral para a redução da mortalidade infantil, passando a apoiar anualmente suas ações mediante convênio.

Em Piracicaba, a Pastoral da Criança foi criada alguns anos depois em 8 de abril de 1987, por iniciativa de dom Eduardo Koaik, do casal Antonio Ferraz do Canto e Maria Berchams Canto e da assistente social Maria Elizabeth Nardin, que seria a primeira coordenadora até 2004.

Ao assumirmos o cargo de prefeito em 2005, verificamos que a mortalidade infantil de Piracicaba era, lamentavelmente, superior a do estado de São Paulo, e que essa situação deveria ser revertida. Como consequência, a equipe de profissionais da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura articula o arrojado “Pacto pela vida, contra a mortalidade infantil”, envolvendo parcerias com o governo estadual, com entidades sociais, além da ampliação dos serviços hospitalares e da Atenção Básica de Saúde.

Em pouco tempo, o quadro foi revertido, o índice de mortalidade caiu bastante e ficou abaixo da média estadual, salvando dezenas de crianças, num curto período de tempo. A Pastoral da Criança de Piracicaba foi parceira de primeira hora desse projeto e sua atuação, envolvendo centenas de voluntários, teve participação expressiva na obtenção dos bons resultados.

É importante ressaltar os trabalhos dos sucessivos coordenadores da Pastoral em nossa cidade, como Maria Carolina Benetelio (2004-2012), Marlene Bessen Eckstein (2012-2018) e Marina R. S. N. de Carvalho, que atuaram em todo esse período auxiliando o “Pacto pela vida, contra a mortalidade infantil”, contribuindo com ações que permitiram nos últimos anos manter o índice abaixo de 10 por 1.000 nascidos vivos, inferior à média estadual. Em 2017, a dra. Zilda Arns esteve em Piracicaba para conhecer os trabalhos e ser homenageada.

Ao completar 35 anos de atividades, com a participação de centenas de voluntários foram acompanhados milhares de crianças e gestantes todos esses anos. Os bons trabalhos da Pastoral precisam ser cumprimentados e reconhecidos pela sociedade piracicabana pela sua importância e relevância. Um cumprimento especial aos milhares de voluntários e voluntárias que atuaram e atuam anonimamente nesse importante trabalho que salva a vida de bebês e gestantes.

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