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BARJAS NEGRI

Político, ex-prefeito de Piracicaba

Qualidade de vida e sustentabilidade no Interior Paulista

A Macroplan divulgou o mais novo Ranking das 100 maiores cidades, onde moram metade da população brasileira. São analisados 16 indicadores sociais e ambientais visando medir a qualidade dos serviços públicos prestados à população e seu impacto sobre a qualidade de vida e sustentabilidade. São indicadores de educação, saúde, segurança, saneamento e sustentabilidade, mostrando o avanço nos últimos 10 anos.

A Revista Exame divulga esse ranking e mostra diversos outros indicadores socioambientais. O que nos chamou a atenção foi o fato de que, entre as 10 melhores cidades do Brasil, oito estão no Interior Paulista, das quais três na Região de Campinas, numa demonstração de que a qualidade de vida nesse território paulista é bem superior à média nacional. Os municípios são: Piracicaba, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Jundiaí, Sorocaba, Limeira, Franca e Ribeirão Preto.

Esses municípios são industrializados, com grande urbanização e concentração dos mais complexos problemas de uma cidade. Independentemente dos problemas decorrentes da crise econômica (2014-2016) e de baixo crescimento (2017-2019), conseguiram avançar no oferecimento de bons serviços públicos, sob a responsabilidade das Prefeituras Municipais.

Tudo isso é resultado de trabalho, planejamento, de alocação de recursos orçamentários para o financiamento de políticas públicas mais efetivas em direção a universalização, que é a melhor forma de atender a população de mais baixa renda e que depende do setor público para melhorar suas condições de vida.

Na educação, devido à ampla cobertura no atendimento de crianças em creche (0 a 3 anos), da universalização da pré-escola (4 e 5 anos) e do avanço na avaliação do IDEB, esses municípios se destacaram em todos os índices, ficando Piracicaba em 1º lugar.

Outro item em que houve um destaque significativo foi no saneamento básico e sustentabilidade, com índices próximos à universalização de abastecimento de água, coleta de esgoto e de coleta de lixo. O que mais chama a atenção é o elevado índice de tratamento de esgoto desses oito municípios, num compromisso com o meio ambiente, com os recursos hídricos e a sustentabilidade. Cada um, a seu modo, encontrou na política tarifária realista uma forma de avançar no saneamento básico. Esses municípios merecem ser entendidos e seguidos pelos demais.

Nos indicadores de saúde, observa-se redução da mortalidade materna, na mortalidade prematura e na ampliação da cobertura da atenção básica em saúde. Tudo fruto dos investimentos e planejamento de avanços na implantação das políticas do SUS, ao longo dos últimos 20 anos.

Na segurança, a política de controle do trânsito – com fiscalização e campanhas educativas – foram eficientes na redução do número de óbitos no trânsito, ao mesmo tempo que a modernização da Polícia Militar, em todo Estado, contribuiu para reduzir o índice de homicídios.

Esses oito municípios, juntamente com outros, mostram toda força do interior paulista, que ajuda na melhoria da qualidade de vida da população interiorana. Analisar e pesquisar as políticas públicas exitosas desses municípios podem ajudar a reduzir as desigualdades em muitas cidades brasileiras.

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