Texto: Fernando Fray
Neste mês nos despedimos de um grande nome na história da moda: Mary Quant. A estilista inglesa nascida em 1930, popularmente reconhecida por revolucionar a vestimenta na década de 60, foi responsável pela criação de uma das peças mais atemporais já pensadas: a minissaia. De acordo com a nota compartilhada por familiares, a profissional faleceu de forma “pacífica” em sua casa no Reino Unido.
Quant é considerada um ícone de sua geração. Seu comportamento rebelde e visionário contribuiu grandiosamente para a desconstrução de estigmas predominantemente machistas da época.
Formada em artes nos anos 1950, Mary chegou a trabalhar como aprendiz em uma chapelaria antes de conseguir sua própria marca, até que em 1955, com a ajuda de seu marido, Alexander Pluket Greene, começou a tirar do papel sua loja própria, que recebeu primeira loja na Kings Road, Chelsea. Com a popularização de seu trabalho e um restaurante no subsolo, sua loja se tornou um ponto de encontro entre jovens descolados e muitos artistas da época.
Foto: PA Media
O mais intrigante em seu propósito era o foco no conforto feminino. Pela primeira vez a necessidade da mulher estava sendo colocada em papel de destaque, o que não agradou muito uma parcela da sociedade. Palavras agressivas eram facilmente proferidas por conservadores ao citarem sua marca, mas de forma alguma isso gerou impacto negativo em seus negócios. Ela estava realmente provocando uma mudança atemporal!
Foto: Mirrorpix
O foco principal de suas criações era uma moda jovial e precursora, que chamava a atenção de jovens que não queriam mais aquele estilo parecido com o de suas mães. Peças extravagantes com estampas geométricas em cores vibrantes, hot pants e acessórios multicoloridos eram designs característicos da estilista. E como não citar o comprimento “mini”? Uma verdadeira aclamação entre as consumidoras por remeter o anseio pela mudança dos antigos costumes.