Quarenta e quatro anos nos separam do dia em que a administradora de empresas Sonia Maria Lima foi admitida no time de funcionários da Dedini S/A Indústrias de Base. Na empresa, ela conquistou muito mais do que um emprego. Conseguiu o trabalho em que encontrou a realização e o incentivo para aproveitar todas as oportunidades, fazer carreira até chegar ao cargo máximo no seu setor, o de gerente de suprimentos.
“Comecei a trabalhar na Dedini em 1980, por acaso. Estava cursando o último ano da faculdade de Administração de Empresas, quando entrou alguém na sala e disse que a Dedini estava contratando um auxiliar administrativo. No dia seguinte eu estava lá, atrás do sonho de fazer parte daquela empresa, um ideal da maioria das pessoas que eu conhecia”, conta.
Não foi nessa primeira seleção que Sônia foi contratada. Mas ela não desistiu e só na terceira entrevista conseguiu a vaga na área de Suprimentos, onde atua até hoje. Tempos depois da contratação, quando teve a oportunidade de conhecer melhor as outras áreas a que pleiteou vaga anteriormente, agradeceu por não ter dado certo.
“Gosto de compartilhar essa experiência no sentido de dizer às pessoas, que vivem a mesma situação, que não desistam, porque nem sempre o não dar certo é ruim. Pode ser que mais na frente você seja agraciado com um trabalho em que encontre a realização e não apenas para se sustentar. Porque, com o meu perfil, não me encaixaria em outra área que não a minha e não teria conseguido o mesmo sucesso, ou talvez nem estivesse mais aqui”, destaca.
Sônia passou por todos os cargos existentes no setor até chegar à gerência. “Posso dizer que não foi e continua não sendo fácil. Porque na condição de mulher que iniciou em uma área onde até mesmo o cargo acima do seu era ocupado por homens, tive que enfrentar dificuldades e barreiras, me desdobrar para provar a capacidade.”
Hoje seu setor tem o equilíbrio entre homens e mulheres, 50% cada, e Sonia se orgulha em dizer que contribuiu para o aumento da contratação de mulheres no seu e em outros setores.
Embora tenha uma trajetória de mais de quatro décadas dentro de uma mesma empresa, Sônia ressalta que não tem e nunca teve medo de mudanças, muito pelo contrário. “No decorrer da carreira, tive propostas muito interessantes e tentadoras para trabalhar em outros locais, mas escolhi continuar na Dedini, pelo ambiente de trabalho e por se tratar de uma empresa familiar, que valoriza o ser humano”, destaca.
Para os que chegam agora ao mercado de trabalho ou para os que buscam crescimento, ela tem algumas sugestões. Além de estudar e se manter sempre atualizado, trabalhar com afinco, transparência, comprometimento, abraçar as oportunidades que surgirem e, o principal, fazer tudo com amor e dedicação.
“Realize o seu trabalho como se a empresa fosse sua, pois agindo dessa forma, você dará o melhor fazendo a sua parte, dando o melhor de si para que a empresa continue sempre em atividade e brilhando cada vez mais, por consequência, mantendo o seu trabalho e dos demais funcionários.”
CULTURA – O coordenador de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Dedini, Marcelo Fessel, diz que na empresa existem inúmeros casos como o de Sônia Lima, profissionais com décadas de trabalho, extremamente comprometidos, um reflexo do ambiente de trabalho que a Dedini proporciona e que é tão atrativo no mercado.
“Realmente, isso faz parte da cultura da Dedini, de valorizar o seu time. Também tem a ver com o perfil do nosso profissional, que por conta das exigências técnicas, precisa de alguns anos para desenvolver todo o potencial necessário para a atividade”, explica.
Fessel lembra que esse interesse por uma carreira sólida também existe entre os mais jovens, recém-chegados ao mercado, com algumas peculiaridades em relação a gerações anteriores. “Eles são talentosos e dedicados e almejam por ascensão profissional. Mas, alguns ainda precisam entender que existem etapas a percorrer, visando o desenvolvimento técnico e comportamental, para se chegar ao topo.”
