Vivenciamos uma profunda revolução nas comunicações que transformou a maneira como corporações, empresas e indivíduos se conectam.
Por décadas, o conceito de globalização tem representado uma ideia de interconexão internacional entre as pessoas, um entrelaçamento entre os Estados-nação que resultou na percepção de aldeia global.
Essa nova realidade se manifesta em diversos aspectos, incluindo economia, política, negócios e direito, com a comunicação sendo impactada por essas mudanças.
As mídias convencionais cederam terreno para os meios digitais em suas diversas formas, com a internet desbancando os gigantes do papel e levando muitas empresas ao declínio, deixando profissionais em busca de novas oportunidades e reorientação de carreira.
Por outro lado, essa transição abriu as portas para a proliferação de uma ampla gama de novas mídias, com centenas de milhares de canais em plataformas gratuitas permitindo a disseminação de volumes massivos de conteúdo online sem custo direto para o consumidor.
É evidente que, no final das contas, todos nós acabamos pagando de forma indireta os conteúdos que escolhemos consumir.
A sociedade está imersa em uma autêntica revolução digital, na qual as fronteiras entre telecomunicações, mídia de massa e informática se dissiparam.
O aproveitamento da informação resulta em conhecimento e riqueza, impulsionado pelo surgimento de redes profissionais e tecnológicas complexas dedicadas à produção e utilização dessa informação.
Essa produção alcança sua distribuição por meio do mercado, acompanhada de novas formas de utilização desses recursos, marcando o novo ciclo histórico da sociedade da informação.
Essa transformação reestrutura a produção de riqueza dentro do sistema econômico, onde há um crescente reconhecimento da informação como uma mercadoria valiosa e um fator crucial na geração de valor econômico.
As corporações voltadas para a informação acumulam uma vasta quantidade de dados sobre os usuários, incluindo seus padrões de navegação, preferências culturais, religiosas e ideológicas, e outras pegadas digitais que são utilizadas para uma categorização detalhada de cada usuário.
As possibilidades disponíveis hoje são virtualmente ilimitadas.
Essa transferência do poder de escolha sobre o que consumir fortaleceu os espectadores, tornando-os cidadãos conscientes de suas escolhas e responsáveis pelo sucesso ou fracasso de pessoas, marcas e empresas.
O mundo tecnológico e imaterial da sociedade da informação é experimentado e moldado por indivíduos que fazem parte do mundo físico e tangível.
Não podemos ignorar a primazia do ser humano sobre a sociedade e a tecnologia; estas sempre refletirão os padrões sociais, que ao final será sempre conectado à vida real.