Instituição reuniu dirigentes e bancários e percorreu agências de Piracicaba e região
Na última quinta-feira (15), o Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região (SindBan), reuniu dirigentes, bancários e bancárias no Dia Nacional de Luta, o objetivo foi reforçar a cobrança à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), por proposta completa para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho e que corresponda às reivindicações das bancárias e bancários.
A categoria bancária tem pressionado os bancos para a entrega de uma proposta digna e global para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) na próxima mesa de negociações, agendada para terça-feira (20).
As manifestações acontecem em resposta à postura da Fenaban na última rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários. Os bancários estavam aguardando uma proposta completa, diante de todas as informações que foram elencadas nas mesas anteriores, defendidas com dados sobre a realidade do setor e a capacidade dos bancos, que é o setor com maior geração de lucros no país, mas depois de dois meses de negociação, os banqueiros ainda não apresentaram nenhuma proposta objetiva.
Para a presidente em exercício do SindBan, Angela Savian, “neste momento é fundamental buscarmos a valorização dos bancários e bancários, pois todos sabemos que o sistema financeiro tem um aporte de recursos grandioso e, precisamos de um retorno até o final de agosto, sem que seja necessário uma greve, mas já estamos preparados para esta iniciativa. No momento esta não é a nossa intenção, ou seja, não queremos mobilizar os nossos colegas bancários e bancárias que trabalham tanto e são responsáveis pela riqueza dos bancos”, explica Savian.
O diretor do Sindban, Ubiratan Campos do Amaral, fez um resumo sobre a Campanha Nacional: “Participamos de sete rodadas de negociações e os banqueiros estão cientes das nossas reivindicações há bastante tempo. Na rodada de quarta-feira (14), não houve avanço algum; não recebemos propostas ou respostas sobre as cláusulas sociais e econômicas. Não se pode rotular o movimento sindical como radical depois de dois meses de negociações infrutíferas. A mobilização desta quinta-feira (15) é uma ação nacional para engajar os bancários e informar a população sobre a campanha. Além disso, queremos pressionar os banqueiros para que apresentem uma proposta concreta. Não é aceitável que um setor que obteve um lucro de R$18 bilhões pelos cinco maiores bancos, com crescimento de 15% e inflação de 4,5% no mesmo período, alegue incapacidade para atender às cláusulas econômicas da campanha”, disse Ubiratan.
Entre as questões abordadas na Campanha Nacional, está a inclusão das Pessoas Com Deficiência.
A reivindicação é pela garantia não apenas do acesso ao emprego no setor, mas de ascensão, com o combate ao preconceito contra as pessoas com deficiência, para que esse grupo tenha igualdade de oportunidades nos processos de ascensão de carreira, o que inclui a garantia de suportes específicos, conforme a condição da pessoa com deficiência, para que ela consiga desempenhar suas atividades.
A diretora do SindBan, Letícia Françoso, que é PCD, destaca que, “todos nós sabemos que a luta para conquistarmos nossos direitos não é fácil, e nós bancários para oferecermos um atendimento de qualidade e atingirmos as metas – quase sempre inalcançáveis, em função de, entre outros motivos um ambiente adoecedor – é essencial que os bancos ofereçam condições de trabalho dignas. Françoso enfatiza ainda a importância do trabalho dos bancários, bancárias, para toda a população e reforça que as garantias que os bancários têm atualmente são conquistas de toda a categoria”, resume Françoso.
