Evento é direcionado a profissionais da saúde e pretende alertar para o perigo das doenças renais crônicas
Estão praticamente esgotadas as vagas para o evento organizado pela Unidade de Nefrologia da Santa Casa de Piracicaba em comemoração ao Dia Mundial do Rim, nesta quinta-feira, 13 de março, das 09h às 11h, no salão nobre do Hospital.
Na programação da ação, intitulada “Cuidando de Quem Cuida”, palestras com a médica nefrologista Fernanda Vasques Andres, que falará sobre “Doenças Renais Crônicas”; e com e especialista em gestão de negócios Delimaik Coelho, para expor sobre o “Diagnóstico Genético da Doença de Fabry”.
Encerrando a ação, depoimento de paciente do Serviço de Nefrologia da Santa Casa seguido de coffee break aos presentes, que receberão certificação on-line de participação.
Segundo a enfermeira e coordenadora desta ação, Mileni Leopoldino, o evento é direcionado a profissionais de saúde em geral, mediante prévia inscrição pelo e.mail mileni.mussato@santacasadepiracicaba.com.br.
Segundo ela, o evento já conta com inscrições de alunos e internos da faculdade de Medicina Anhembi Morumbi, representantes do DRS-10 (Departamento Regional de Saúde), da Secretaria Municipal de Saúde, hospitais locais, unidades básicas de saúde e funcionários da Instituição.
A nefrologista e palestrante Fernanda Vasques justifica a iniciativa lembrando que a doença renal crônica é um grave problema de saúde pública que poderá ser combatido por meio da conscientização da população.
Segundo ela, recente estudo de meta-análise mostrou que a doença renal crônica possui uma prevalência global de cerca de 13%.
“Por ser silenciosa, muitas pessoas não sabem que possuem a doença e, em muitos casos, quando os sintomas se manifestam o paciente já necessita de terapias como a diálise ou o transplante renal”, constatou a médica.
Ela revela ainda, que o censo de hemodiálise de 2022 mostra que cerca de 154 mil pessoas estão em hemodiálise no Brasil; número que só tende a crescer visto que as principais causas são diabetes e hipertensão arterial, doenças cada vez mais prevalentes entre a população.
“O impacto, além de complicações clínicas e psicossociais, é o aumento da mortalidade, já que cerca de 17% dos pacientes em hemodiálise morrem por ano”, disse.
Por isso, segundo a nefrologista, diagnosticar a doença precocemente e receber o tratamento adequado pode modificar a sua evolução e retardar a necessidade de terapias.
“Daí a importância de conscientizar sobre o segmento médico e a avaliação de exames anuais”, disse.
De acordo com a médica responsável técnica pelo serviço de Nefrologia do Hospital, Sarah Mazutti Hortense, o Serviço de Hemodiálise da Santa Casa tem atualmente 207 pacientes em tratamento e é considerado o maior centro em diálise peritoneal da região, com 53 pacientes; sendo ainda ambulatório de referência regional em doença renal crônica.
Atende também a pacientes hospitalizados com injuria renal agudae doenças raras, como a doença de Fabry.