Sessões no Supremo buscam esclarecer possível articulação contra o resultado das eleições de 2022 e definir o futuro judicial dos envolvidos
O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, na próxima segunda-feira (9), as sessões para ouvir os réus investigados por participação em uma suposta trama golpista para subverter o processo democrático no Brasil.
Entre os nomes de maior destaque estão o do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.
As audiências fazem parte da fase de instrução dos inquéritos conduzidos pela Corte, que busca esclarecer os fatos relacionados a possíveis articulações para invalidar o resultado das eleições de 2022, nas quais Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente da República.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), as investigações apontam para a existência de uma organização com estrutura hierárquica, dedicada a disseminar desinformação, deslegitimar o sistema eleitoral e incitar atos antidemocráticos.
A defesa dos acusados nega qualquer tentativa de golpe e afirma que todas as ações foram legítimas.
Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal, é uma das peças-chave para o avanço das apurações.
Seus depoimentos têm contribuído para o mapeamento de encontros, mensagens e movimentações suspeitas dentro do núcleo próximo ao ex-presidente.
As sessões do STF serão conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos que tratam de ataques à democracia.
Os desdobramentos desta etapa são considerados cruciais para definir se os réus irão a julgamento ou se os processos serão arquivados por falta de provas.
A sociedade civil e observadores internacionais acompanham com atenção o andamento dos casos, que poderão ter desdobramentos significativos para o cenário político nacional.