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⭐ Piracicaba, 8 de junho de 2025 ⭐

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Bebel diz que suspensão do trâmite do Boulevard Boyes é uma vitória coletiva de Piracicaba

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O projeto “Boulevard Mirante Boyes” prevê que seis dos 13 prédios da área da antiga fábrica, em frente ao Rio Piracicaba, devam ser demolidos

A decisão liminar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que suspende a tramitação do projeto “Boulevard Miante Boyes”, que consiste na construção de quatro torres de aproximadamente 90 metros de altura na área da antiga fábrica Boyes, é uma grande vitória coletiva de Piracicaba e de todos que estão juntos nesta luta, pela preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade e da orla do Rio Piracicaba. Na decisão liminar, nesta última terça-feira, 03 de junho, o juiz Martin Vargas, concedeu liminar à ação civil pública movida pelo movimento Salve a Boyes, através da Sodemap e da Amapira, contra a construção do projeto Boulervad Boyes até a conclusão do processo de tombamento da área, ambos em andamento no CONDEPHAAT, que no último dia 20 de maio promoveu audiência pública em Piracicaba, atendendo solicitação da deputada Professora Bebel, feito no dia nove de dezembro do ano passado, justamente para colher subsídios na cidade.

“Sem dúvida, é uma grande vitória de todos que lutam contra este crime ambiental e de direito da identidade de Piracicaba. Uma vitória de todos e não se deve personificar, uma vez que se trata de um movimento coletivo que ainda terá muita luta pela frente”, diz a parlamentar.

Na audiência pública do CONDEPHAAT, a Professora Bebel solicitou que antes de tudo é necessário que se faça o tombamento, para depois se discutir o empreendimento, ou então haverá a fragmentação do Projeto Beira Rio, uma grande conquista do povo piracicabano, do Partido dos Trabalhadores, fruto de uma iniciativa do então prefeito José Machado, do Partido dos Trabalhadores, no final da década de 80. Este posicionamento, inclusive consta do documento que a Professora Bebel entregou na audiência, que reuniu mais de 300 participantes, no Teatro Erotides de Campos, no Engenho Central, ao presidente do CONDHEPHAAT, Carlos Augusto Mattei Faggin, que estava acompanhado da vice-presidente do Conselho, Mariana Rolim, destacando que o empreendimento que está sendo proposto para antiga Fábrica Boyes está longe de ser consensual e que se trata de um projeto que afetará a orla do Rio Piracicaba e  que “parece ir na contramão de um desenvolvimento econômico sustentável”, escreveu, fazendo inúmeras críticas à construção das torres que terão quase  90 metros de altura.

Na audiência, ainda, Bebel disse que “está se tratando o patrimônio público como sendo de alguns, e isso não pode ser assim. Por isso, o debate é necessário. Mas antes de tudo é necessário que se faça o tombamento, para depois se discutir o empreendimento, ou então haverá a fragmentação do Projeto Beira Rio, uma grande conquista do povo piracicabano, do Partido dos Trabalhadores, fruto de uma iniciativa do (prefeito José) Machado, do Partido dos Trabalhadores, que teve a coragem de tombar e tornar de utilidade pública, inicialmente, o Engenho Central”, disse, deixando claro que defende que o certo é tombar o que é público e devolver ao público.

A Professora Bebel também deixou claro que “lutaremos até o fim”, e pediu a todos os conselheiros do CONDHEPHAAT para que analisem bem os documentos e as justificativas, que demonstram não ser viável a construção de torres na orla do Rio Piracicaba, o principal cartão postal de Piracicaba, deixando claro que não tem nada contra os empresários, só não aceita que usufruam do direito do que é do povo piracicabano.

O projeto “Boulevard Mirante Boyes” prevê que seis dos 13 prédios da área da antiga fábrica, em frente ao Rio Piracicaba, devam ser demolidos para construção do empreendimento. As edificações, são tombadas desde 2004 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (Codepac) de Piracicaba (SP), em instância municipal. No entanto, a demolição foi aprovada com maioria dos votos dos membros do Codepac durante reunião extraordinária do Conselho, em junho de 2023, com 12 votos favoráveis, um contrário e duas abstenções, daí o pedido do movimento “Salve a Boyes” para que toda antiga Fábrica Boyes seja tombada pelo CONDHEPHAAT.

Fotos: Divulgação

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