Alex de Madureira, deputado estadual PL e Corregedor do Alesp
Nos dias que precedem nova eleição municipal, e na condição de candidato a prefeito, venho me manifestar, neste artigo, aquilo que já escrevi no nosso Plano de Governo. Meu objetivo e das pessoas ouvidas para expressar esse compromisso, fica da sensação de que no nosso governo, o Turismo deverá ter formato administrativo de uma Secretaria.
Com os desafios de ser reestruturado e começar a caminhar de forma mais orgânica, para divulgar aquilo que temos de mais marcante em nossa cidade: nossas belezas naturais, o rio, o Engenho, as festas populares, o pantanal paulista, o Tanquã, e, em especial, o campo do turismo dos negócios a visitantes e empresários que para aqui de deslocam em ocasiões distintas.
No diagnóstico que recebi, o sub-setor que faz parte da Semdettur, possui apenas três funcionárias, uma delas especialista na área, outra concursada e uma assessora de comunicação. E um orçamento insuficiente, perdido nos quase $ 11 milhões na SEMDETTUR, cujo complemento “turismo”, sequer é lembrado, na maioria das vezes em que a sigla é citada, com a abrangência que possui e na qual está alocado.
Contudo, para reforçar essa nova visão, temos a promulgação da Lei 17740, de 4 de setembro de 2023, há quase um ano, que foi um esforço dos vários partidos com assento na nossa Assembleia Legislativa, com minha co-autoria, e voto, com aval decisivo do Governador Tarcísio de Freitas e, do ponto de vista técnico, do Departamento de Desenvolvimento das Estâncias, transformou Piracicaba em Município de Interesse Turístico dentre as cidades paulistas, MIT, abrindo novos canais de interlocução para projetos e aportes financeiros.
Agora com o reconhecimento jurídico do Governo de São Paulo, se soubermos estruturar projetos para a captação de novos recursos para a área, certamente seremos bem sucedidos. E o Turismo, como área incompreendida e desvalorizada, tem passado através das várias gerações administrativas recentes de Piracicaba, como hospede mambembe. Ora sob a designação de departamento da prefeitura (e com ele estava a cultura); depois como secretaria; como coordenação; como agregado a Secretaria de Cultura e, mais recentemente, nesta gestão, como Semdettur, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (o último da fila).
Nestes anos recentes, o protagonismo do Turismo sempre foi secundário. Ampliar os horizontes para convênios com empresas de transportes para trazerem pessoas para cá, nas nossas ocasiões especiais e também em outros dias; incrementar a programação artística e cultural na rua do Porto; uma interlocução maior com restaurantes, que recebem cerca de 10 mil pessoas da cidade e região nos finais de semana, e o setor hoteleiro da cidade, enfim, muito a fazer. Hoje os olhos e preocupações da Prefeitura concentram-se prioritariamente na execução de uma feira de artesanato na Rua do Porto e uma loja que existe no interior do Engenho Central, a Casa do Artesão.
Com esse tipo de visão e reconhecimento deste setor estratégico, pretendo intensificar diálogo com o “ecossistema” dos prestadores de serviços nessa área, ouvir com mais atenção e deferência a todos e contemplar, com ações mais organizadas, um setor que pode ser ainda mais forte na economia local.