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⭐ Piracicaba, 9 de março de 2025 ⭐

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Embolização uterina é excelente alternativa no tratamento de miomas e na preservação do útero

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Procedimento minimamente invasivo proporciona rápida recuperação, sem cortes ou cicatrizes

De acordo com dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), aproximadamente 80% das mulheres em idade fértil têm ou terão miomas, um tipo de tumor benigno que se desenvolve no útero, em algum momento da vida. Embora não seja cancerígeno, o mioma pode causar diversos sintomas dependendo de seu tamanho, localização e quantidade. Entre eles estão sangramento menstrual intenso, dor pélvica, pressão na bexiga ou intestino, além de desconforto sexual, aumento volumétrico, abortos, infertilidade, cólicas e até mesmo obstruções de órgãos próximos ao útero como o intestino, bexiga. Em casos mais graves, pode causar hidronefroses — dilatação de ureter, pelve renal e até falência renal.

Miomas são mais comuns em mulheres em idade reprodutiva e seu crescimento é influenciado por hormônios, especialmente o estrogênio. Em muitos casos, podem ser tratados de forma eficaz com procedimentos minimamente invasivos, como a embolização uterina. Segundo o Dr. Henrique Elkis, radiologista intervencionista e membro da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice), a técnica é segura, efetiva e pode ser aplicada mesmo em casos de miomas de grandes dimensões.

Um dos mitos recorrentes em torno desse tratamento é a suposição de que o tamanho do mioma interfere no sucesso da embolização. Conforme explica o Dr. Elkis,

“o tamanho do mioma não contraindica a embolização. Mesmo em casos de miomas muito grandes, o procedimento pode ser realizado sem comprometer os resultados. Em muitos desses casos, onde o aumento do útero pode até causar uma sensação semelhante à de uma gravidez, a embolização pode reduzir o volume uterino em até 60%”.

O procedimento é realizado por meio da inserção de um cateter na artéria, que é guiado por imagem até as artérias uterinas. Por meio do cateter, são injetadas pequenas partículas que bloqueiam os vasos sanguíneos, fazendo com que os miomas reduzam de tamanho. Sem o suprimento sanguíneo, os miomas começam a diminuir de tamanho e a se degenerar.

“A técnica de embolização é minimamente invasiva, realizada por meio de uma punção na artéria da virilha ou do punho, sem cortes ou cicatrizes. A paciente normalmente é internada por 24 horas e o pós-operatório, que pode ser doloroso nos primeiros três dias, é controlado com medicação. Em uma semana, as pacientes geralmente retornam às suas atividades normais”, destaca o radiologista intervencionista da Sobrice.

Antigamente, o tratamento de miomas exigia cirurgias invasivas, com grandes cortes, internações, necessidade de transfusões de sangue e longos períodos de recuperação. Com o avanço da radiologia intervencionista, hoje é possível realizar procedimentos como a embolização, sem cortes, pontos ou cicatrizes, proporcionando uma recuperação muito mais rápida.

Além dos benefícios imediatos, a embolização uterina é uma alternativa viável para mulheres que desejam preservar o útero e até engravidar no futuro. Embora, no passado, acreditava-se que o procedimento poderia impedir a gravidez, hoje se sabe que “a embolização uterina propicia a gravidez”, afirma Dr. Elkis, relatando que muitas de suas pacientes engravidaram após o tratamento.

Com taxas de sucesso superiores a 98% e complicações mínimas, o procedimento é uma alternativa promissora para mulheres que buscam alívio dos sintomas do mioma sem os riscos e o tempo de recuperação de cirurgias convencionais.

“É importante escolher um profissional especializado para realizar o procedimento”, destaca o Dr. Elkis.

Para o médico, “a radiologia intervencionista proporciona uma integração multidisciplinar essencial para os bons resultados, envolvendo ginecologistas e outros profissionais de saúde no acompanhamento do tratamento. Isso reforça a abordagem de medicina integral, que olha para a paciente como um todo, garantindo o melhor desfecho possível”.

Foto: Banco de Imagem

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