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Em estudo inédito, insulina semanal leva à redução de hemoglobina glicada semelhante à insulina diária

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No estudo de fase 3, QWINT-1, a insulina efsitora foi administrada uma vez na semana por meio de um autoinjetor de utilização única em pacientes com diabetes tipo 2 em uso de insulina basal pela primeira vez

A Eli Lilly and Company anunciou hoje os resultados positivos dos estudos de fase 3 QWINT-1 e QWINT-3 que avaliaram a insulina efsitora alfa (efsitora) uma vez por semana em adultos com diabetes tipo 2 que nunca tinham usado insulina e em pacientes já em uso de injeções diárias de insulina basal que mudaram para a insulina semanal, respectivamente. Nos ensaios, a efsitora mostrou redução não inferior da hemoglobina glicada (HbA1C), ou seja, mesma eficácia, em comparação com as insulinas basais diárias mais frequentemente utilizadas a nível mundial.

“As insulinas semanais, como a efsitora, têm o potencial de transformar o tratamento do diabetes como conhecemos”, afirma Jeff Emmick, MD, Ph.D., vice-presidente sênior de desenvolvimento de produtos da Lilly. “Muitos pacientes relutam em iniciar o tratamento com insulina por causa do fardo que eles sentem”.

“Estamos falando de substituir 365 injeções diárias de insulina basal por apenas 52 injeções e ainda mantendo o mesmo perfil de eficácia e segurança que os médicos já estão acostumados a prescrever a seus pacientes. Essa simplificação também ajuda na adesão ao tratamento e na própria qualidade de vida dos pacientes!”, destaca Luiz Magno, Diretor Sênior da Área Médica da Lilly Brasil.

QWINT-1 avaliou a eficácia e segurança da efsitora semanal em comparação com a insulina glargina uma vez por dia durante 52 semanas. O estudo randomizou adultos com diabetes tipo 2 que nunca tinham usado insulina para receber efsitora uma vez por semana ou insulina glargina uma vez ao dia. A efsitora foi titulada em intervalos de quatro semanas, utilizando um esquema terapêutico de titulação de 4 doses fixas[1], conforme necessário para o controle da glicemia. O objetivo do estudo era fornecer dados reais que apoiassem regimes de dose fixas no tratamento do diabetes, que têm o potencial de tornar mais fácil a adesão ao tratamento para aqueles que precisam de insulina.

O estudo atingiu o objetivo primário de não inferioridade na redução de HbA1C com efsitora em comparação com a insulina glargina. Na estimativa de eficácia2,3, a insulina semanal reduziu a HbA1C em 1,31% comparado a 1,27% da insulina glargina, resultando em uma hemoglobina glicada de 6,92% e 6,96%, respectivamente4. Para a estimativa do regime de tratamento5,6, a efsitora reduziu a hemoglobina glicada em 1,19% em comparação com 1,16% para a insulina glargina, resultando numa HbA1C de 7,05% e 7,08%, respectivamente4.

Já o estudo QWINT-3 avaliou a eficácia e a segurança da insulina semanal efsitora em comparação com a insulina diária degludeca durante 78 semanas em adultos com diabetes tipo 2 já em tratamento com insulina basal. Os participantes foram randomizados 2:1 para receber a insulina semanal (efsitora) ou a insulina degludeca uma vez ao dia.

O QWINT-3 atingiu o objetivo primário de redução não inferior da HbA1C com efsitora em comparação com a insulina degludeca na semana 26, ou seja, demonstrou mesma eficácia que a insulina degludeca. Para a estimativa de eficácia7, a efsitora reduziu a HbA1C em 0,86% em comparação com 0,75% para a insulina degludeca, resultando numa HbA1C de 6,93% e 7,03%, respetivamente8. Para a estimativa do regime de tratamento9, a efsitora reduziu a HbA1C em 0,81% em comparação com 0,72% para a insulina degludeca, resultando numa HbA1C de 6,99% e 7,08%, respetivamente10.

Além disso, os participantes que tomaram efsitora ou insulina degludeca passaram aproximadamente duas horas a mais por dia na faixa adequada de glicose (tempo no alvo de 70-180 mg/dl) nas semanas 22-26 em comparação com o baseline. Para a estimativa de eficácia11, os participantes que tomaram efsitora passaram 62,8% do tempo em comparação com 61,3% para a insulina degludeca na semana 22-2612. Para a estimativa do regime de tratamento13, os participantes que tomaram efsitora passaram 61,4 % do tempo no alvo, em comparação com 61% para a insulina degludeca14. Além disso, para a estimativa de eficácia, os participantes que tomaram efsitora passaram 38,3% do tempo dentro da faixa de glicose mais rigorosa (glicose entre 70-140 mg/dL) em comparação com 36,8% para a insulina degludeca na semana 22-26 15.

Tanto no estudo QWINT-1 como no QWINT-3, o perfil global de segurança e tolerabilidade da efsitora foi semelhante ao das terapias de insulina basal diárias para o tratamento do diabetes tipo 2. No QWINT-1, as taxas combinadas de eventos de hipoglicemia graves ou clinicamente significativos (glicemia <54 mg/dl) por paciente por ano de exposição nas semanas 0-52 foram 0,50 com efsitora vs. 0,88 com insulina glargina – aproximadamente 40% mais baixas com efsitora do que com insulina glargina. Já no QWINT-3, as taxas combinadas estimadas de eventos de hipoglicemia graves ou clinicamente significativos (glicose no sangue <54 mg/dL) por paciente por ano de exposição nas semanas 0-78 foram 0,84 com efsitora vs. 0,74 com insulina degludeca.

Os resultados detalhados do QWINT-1 e do QWINT-3 serão compartilhados em um congresso próximo e publicados em um periódico científico. Adicionalmente os resultados de outros dois estudos com a insulina efsitora alfa (QWINT-2 e QWINT-5) serão apresentados na EASD (Reunião Anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes) deste ano.

Sobre o programa de ensaios clínicos QWINT

O programa de estudos clínicos de fase 3 QWINT para avaliar a insulina efsitora alfa semanal no tratamento do diabetes começou em 2022 e foi realizado com mais de 4.000 pessoas que vivem com diabetes tipo 2 ou tipo 1 por meio de cinco estudos globais.

O QWINT-1 (NCT05662332) foi um estudo clínico randomizado paralelo, controlado, aberto, “treat-to-target”, para comparar a eficácia e a segurança da efsitora como insulina basal semanal versus uma dose fixa de insulina glargina diária em adultos com diabetes tipo 2 que não usavam insulina anteriormente com duração de 52 semanas. O estudo randomizou 796 participantes nos EUA, Argentina, México e Porto Rico para receber efsitora uma vez por semana ou insulina glargina uma vez ao dia administrada por via subcutânea. Todos os participantes tratados com efsitora receberam uma dose inicial de 100 unidades, seguida de um escalonamento de dose fixa para atingir uma meta de glicemia de jejum de 80-130 mg/dL. A glicemia de jejum foi medida a cada quatro semanas e os participantes escalaram para dosagens fixas de 150 unidades, 250 unidades e 400 unidades, conforme apropriado. Os participantes com glicemia de jejum superior a 130 mg/dL em ou após 16 semanas foram transferidos para a dosagem flexível. O objetivo primário do estudo foi demonstrar a não inferioridade com efsitora em comparação com a insulina glargina na redução da A1C na semana 52.

O QWINT-3 (NCT05275400) é um estudo multicêntrico, randomizado, de desenho paralelo e aberto que compara a eficácia e a segurança da efsitora como insulina basal semanal versus a insulina diária degludeca em adultos com diabetes tipo 2 que já estavam sendo tratados com insulina basal. com duração 78 semanas (com acompanhamento de segurança a cada 5 semanas). O estudo randomizou 986 participantes nos EUA, Argentina, Hungria, Japão, Coréia, Polônia, Porto Rico, Eslováquia, Espanha e Taiwan para receber efsitora uma vez por semana ou insulina degludeca uma vez ao dia administrada por via subcutânea. O objetivo primário do estudo é demonstrar a não inferioridade efsitora em comparação com a insulina degludeca na redução da HbA1C na semana 26.

Sobre a insulina efsitora alfa

A insulina efsitora alfa (efsitora) é uma insulina basal semanal, uma proteína de fusão que combina uma nova variante de cadeia única da insulina com o domínio Fc da IgG2 humana. Ela foi desenvolvida especificamente para administração subcutânea uma vez por semana e, com sua baixa relação pico-vale, tem o potencial de fornecer níveis de glicose mais estáveis (menos variabilidade da glicose) ao longo da semana. A efsitora está em estudo fase 3 para pacientes com diabetes tipo 1 e 2.

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