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⭐ Piracicaba, 11 de maio de 2025 ⭐

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Terremoto de 7,5 no sul do Chile mobiliza autoridades e suspende alerta de tsunami

Foto: Reprodução/X

Terremoto no Chile testa protocolos de evacuação e destaca desafios da prevenção a desastres

Na manhã desta sexta-feira (2), um terremoto de magnitude 7,5 na escala Richter atingiu a região sul do Chile, nas proximidades de Puerto Williams, localizada no arquipélago da Terra do Fogo. O sismo, com epicentro a cerca de 218 quilômetros ao sul da cidade, ocorreu a uma profundidade de 10 km, na Passagem de Drake — área conhecida por intensa atividade sísmica e marítima.

Alerta de tsunami e evacuação preventiva

Logo após o tremor, o Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Armada do Chile (SHOA), em conjunto com o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), emitiu alerta de tsunami para toda a costa da região de Magalhães e do Território Antártico Chileno.

A ordem imediata foi de evacuação preventiva das zonas litorâneas, incluindo as cidades de Puerto Williams, Punta Arenas e bases logísticas no continente antártico. A população foi orientada a buscar áreas elevadas. A operação de evacuação, segundo as autoridades locais, foi conduzida de forma organizada e sem pânico.

Algumas horas após o terremoto, o alerta foi reduzido para estado de precaução, permitindo que moradores retornassem às suas casas. Entretanto, atividades como navegação e pesca seguem suspensas como medida de segurança. Até o momento, não foram registrados feridos ou danos estruturais relevantes.

Reação do governo chileno e impacto internacional

O presidente Gabriel Boric, natural de Punta Arenas, suspendeu sua agenda oficial para acompanhar pessoalmente os desdobramentos. Comitês de emergência foram ativados em nível nacional e regional. O terremoto também foi sentido na cidade argentina de Ushuaia, onde houve paralisação temporária de atividades náuticas no Canal de Beagle.

A resposta das autoridades chilenas é considerada rápida e eficiente, graças à sólida cultura de prevenção e protocolos sísmicos amplamente aplicados em regiões vulneráveis.

Comparativo com a última catástrofe natural em Piracicaba

Embora Piracicaba não esteja em área de risco sísmico, o município enfrenta desafios relacionados a eventos climáticos extremos. A última catástrofe natural significativa ocorreu em janeiro de 2024, quando fortes chuvas causaram o transbordamento do Rio Piracicaba e seus afluentes. Bairros como Jardim Monte Líbano, Ártemis e Santa Rosa foram severamente atingidos, com dezenas de famílias desalojadas e interrupções no abastecimento de água e energia.

Na ocasião, a Defesa Civil local precisou montar abrigos temporários e interditar pontes e vias principais, como a Avenida Beira Rio. Diferentemente do evento sísmico no Chile, que contou com evacuações preventivas rápidas e estruturadas, Piracicaba ainda carece de sistemas de alerta precoce e de um plano municipal de contingência amplamente divulgado à população.

A comparação entre os eventos evidencia a necessidade de fortalecer a preparação para desastres naturais no Brasil, com investimento em prevenção, resposta integrada e conscientização pública — especialmente em um cenário de mudanças climáticas cada vez mais frequentes e severas.

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