Medida entra em vigor a partir de 1º de junho e facilita turismo e negócios entre os dois países
A China anunciou que, a partir de 1º de junho de 2025, cidadãos brasileiros estarão isentos de visto para entrar no país em viagens de curta duração, com permanência de até 30 dias consecutivos.
A decisão, que valerá até 31 de dezembro de 2025, visa fortalecer os laços diplomáticos, turísticos e comerciais entre os dois países.
A nova política foi divulgada por autoridades chinesas e já repercute entre viajantes e empresários brasileiros, especialmente em setores ligados ao comércio exterior e ao turismo.
A expectativa é de que a medida simplifique o acesso ao território chinês, favorecendo agendas de negócios, visitas familiares e passeios turísticos.
Facilitação para o intercâmbio bilateral
Segundo o governo chinês, a iniciativa tem como objetivo ampliar a cooperação com países estratégicos, e o Brasil ocupa lugar de destaque nesse contexto por ser seu maior parceiro comercial na América Latina. Com a isenção de visto, espera-se um aumento no fluxo de pessoas e oportunidades entre as nações.
Além disso, essa medida acompanha um movimento diplomático mais amplo promovido pela China, que tem adotado políticas de abertura a cidadãos de outros países como forma de estimular sua economia após os impactos da pandemia.
Regras e condições
A isenção de visto contempla viagens a turismo, negócios, trânsito e visita a familiares. No entanto, é necessário que o cidadão brasileiro tenha um passaporte válido, passagem de retorno (ou para outro destino), e eventualmente outros requisitos que devem ser divulgados oficialmente nos próximos dias pelas autoridades chinesas.
Para estadias superiores a 30 dias, o processo tradicional de solicitação de visto continua obrigatório.
Repercussão em Piracicaba
Em Piracicaba, a isenção de visto pode abrir novas perspectivas para empresários ligados ao setor sucroenergético, agroindustrial e de tecnologia, que frequentemente mantêm relações com o mercado chinês.
A cidade, reconhecida por sua forte base acadêmica e empresarial, também pode ver benefícios na mobilidade de estudantes e pesquisadores, especialmente os vinculados à Esalq/USP, que mantêm cooperações científicas com instituições chinesas.
“Essa abertura facilita nossa aproximação com o mercado asiático, especialmente em projetos ligados à inovação agrícola e sustentabilidade”, comenta um representante da área de relações internacionais da universidade local.
Caminho aberto ao intercâmbio
Com essa flexibilização, a expectativa é de que haja aumento no intercâmbio acadêmico, cultural e empresarial entre os dois países.
A medida também pode incentivar viagens técnicas, missões empresariais e participações em feiras e congressos na China, algo que tem ganhado destaque entre instituições piracicabanas.