Aumento ocorre em um momento que a estiagem afetou drasticamente a região e trouxe problemas de abastecimento para várias cidades

A Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) aumentou a vazão do Sistema Cantareira para as bacias PCJ. Agora, são descarregados para as bacias 13 m³/s (metros cúbicos por segundo), a maior vazão da história. Antes, a vazão era de 12 m³/s.

O aumento ocorre em um momento que a estiagem afetou drasticamente a região e trouxe problemas de abastecimento para várias cidades a montante e mudou a paisagem novamente o rio Piracicaba. Pedras, galhos e bancos de areia chamam a atenção em diversos pontos do manancial, inclusive no trecho urbano que corta a cidade.

É claro que essa água tem um tempo de trânsito grande para chegar até determinado ponto. Não é um tubo, uma adutora pressurizada, que você põe e aperta um botão e saiu do outro lado em segundos. Ela leva vários dias para chegar”, disse o coordenador da CT-MH (Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico) dos Comitês PCJ.

Ele lembra, porém, que o principal motivo do aumento da vazão é reduzir problemas de desabastecimento de água nas cidades. Ainda assim, o consumo alto durante a pandemia, aliado ao calor anormal verificado até quinta-feira passada contribuem com o aumento do consumo de água. Em Piracicaba, o rio que dá nome à cidade é responsável por cerca de 10% do abastecimento de água e o rio Corumbataí responde por cerca de 90%.

De acordo com a Sala de Situação dos Comitês PCJ, em setembro, o volume de chuva em Piracicaba foi apenas 10,2% da média do mês, que é de 71 milímetros.