Mais de 100 viajantes enfrentam horas de espera e são impedidos de embarcar no navio Costa Pacífica devido à venda excessiva de passagens.
No último dia 20 de março, um incidente de overbooking no cruzeiro temático “Energia On Board” resultou em mais de 100 passageiros impedidos de embarcar no navio Costa Pacífica, que partiu do Porto de Santos, São Paulo, com destino a Angra dos Reis, Rio de Janeiro. Os viajantes afetados relataram ter aguardado em pé por mais de 14 horas, apenas para serem informados de que não poderiam embarcar devido à venda de passagens além da capacidade do navio.
O cruzeiro, que oferecia apresentações de artistas renomados dos anos 1980, como Paulo Ricardo e Sandra de Sá, comercializou pacotes com valores entre R$ 5.000 e R$ 12.000. A empresa On Board Entretenimento, responsável pelo fretamento do navio e pela venda das passagens, foi apontada como responsável pelo excesso de reservas.
Diante da confusão, a On Board Entretenimento ofereceu hospedagem e transporte para os passageiros prejudicados. O sócio da empresa alegou que a venda de cabines saiu de controle, mas garantiu que não houve má-fé e que todos os clientes seriam ressarcidos. Apesar disso, o caso foi registrado como estelionato e está sendo investigado pela Polícia Civil.
A Costa Cruzeiros, operadora do navio, lamentou o ocorrido e afirmou que cerca de 100 passageiros não conseguiram embarcar. A empresa destacou que alguns turistas chegaram sem os formulários e números de reserva exigidos, causando atrasos e levando a um adiamento da partida para as 2h da manhã de sexta-feira (21). A companhia também ressaltou que a responsabilidade pelo evento e pela administração da lista de passageiros era exclusivamente da On Board Entretenimento.
O caso segue em investigação, e os passageiros afetados buscam reaver os prejuízos da viagem não realizada.
Mas, afinal, o que é overbooking?
Overbooking é uma prática comum no setor de transportes, principalmente em companhias aéreas, e acontece quando a empresa vende mais passagens do que a capacidade real de assentos ou acomodações disponíveis. A estratégia é adotada para compensar possíveis desistências, mas quando todos os passageiros comparecem, resulta em excesso de clientes e em situações como essa — em que embarques são negados.