Iniciativa registra momentos de bebês internados com suas mães para que se torne uma recordação

Em comemoração ao Dia das Mães, as equipes da UTI Neonatal e UTI Pediátrica da Santa Casa de Piracicaba organizaram uma ação para presentear as mães de pacientes internados com porta-retratos contendo registros fotográficos dos filhos durante o período de internação.

A iniciativa surgiu após a constatação de que muitas famílias passam longos períodos nas unidades de terapia intensiva sem registros visuais do desenvolvimento dos bebês.

Com apoio do Departamento de Comunicação, a equipe de enfermagem coordenou uma tarde dedicada a fotografar mães e bebês em um ambiente decorado especialmente para a ocasião.

“A gente quis registrar esses momentos para que as mães tenham uma lembrança desta fase no futuro. Todas as crianças tiraram foto com as mães. Aqui na entrada, onde passa bastante visitante e o pessoal das outras UTIs, fizemos uma mãe com um bebê simbolizando o cordão umbilical e o clamp que os médicos colocam quando os bebês nascem”, explica a enfermeira Letícia Angotti Américo da Silva.

A técnica de enfermagem Karen Fernanda Bernardes da Silva complementa:

“Pensando nas mães, fizemos uma decoração especial na entrada principal da UTI Neo, com um coração cheio de flores para simbolizar todo carinho e amor que nutrimos pelas mães e seus bebês. Assim, quando os papais e as mãezinhas chegarem, serão recepcionados com a homenagem, preparada especialmente para o Dia das Mães”.

Segundo as profissionais, a iniciativa inovou o ambiente hospitalar.

“É uma ideia diferente que tivemos para agradar as mamães. Geralmente, muitas delas não têm nenhuma recordação de quando os bebês estavam na UTI. A ideia de fazer essa foto, foi para que elas possam ter essa lembrança”, destaca Karen.

Três milagres em uma história

Entre as participantes da sessão de fotos estava Roselene Aparecida Jacinto, 37 anos, que vive uma história marcada por superação.

No dia 5 de março, ela deu à luz aos gêmeos Allana e Henrique, nascidos prematuros com sete meses de gestação.

Dias após o parto, Roselene precisou ser atendida na UCO (Unidade Coronariana), onde recebeu o diagnóstico de Lúpus e iniciou o tratamento.

Enquanto se recupera, seus filhos seguem caminhos diferentes: Henrique já recebeu alta hospitalar, mas Allana permanecerá internada por mais tempo.

“O presente que mais quero é me recuperar para ficar com os gêmeos e minha filha mais velha de seis anos”, conta Roselene, que agora enfrenta o desafio de conciliar sua própria recuperação com os cuidados dos três filhos.

A ação da equipe hospitalar demonstra como pequenos gestos podem trazer alento para famílias durante períodos desafiadores, transformando momentos difíceis em lembranças que serão guardadas para sempre.