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Semaglutida 2,4 mg mostra redução nas internações hospitalares

A análise é baseada no SELECT, um grande estudo de desfechos cardiovasculares que avaliou o efeito da semaglutida 2,4 mg no risco de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE – infarto, derrame ou morte cardiovascular) em adultos com sobrepeso ou obesidade e doença cardíaca conhecida.
 

A Novo Nordisk apresentou uma análise exploratória pós-hoc do estudo de desfechos cardiovasculares SELECT fase 3, que mostrou que a semaglutida 2,4 mg reduziu significativamente as internações hospitalares e o tempo total de permanência hospitalar em adultos com obesidade ou sobrepeso, doença cardiovascular estabelecida (DCV) e sem diabetes. Os resultados foram apresentados durante uma sessão oral na conferência anual ObesityWeek® e oferecem mais insights baseados nos dados do SELECT – um grande estudo de desfechos cardiovasculares que avaliou o efeito da semaglutida 2,4 mg no risco de morte cardiovascular, infarto e derrame nessa população.
 

As doenças cardiovasculares englobam uma ampla gama de condições que, quando combinadas, representam a principal causa de morte no mundo e estão associadas a custos substanciais para os sistemas de saúde. A obesidade aumenta diretamente o risco de DCV, incluindo infarto e derrame, além de contribuir para a progressão de outros fatores de risco cardiovascular, como pressão arterial elevada e colesterol alto. Dois em cada três pacientes com sobrepeso ou obesidade morrem em decorrência de DCV.
 

“Pessoas com obesidade ou sobrepeso, com doença cardiovascular estabelecida (DCV) e sem diabetes, têm maior probabilidade de serem internadas no hospital devido a eventos como infarto ou derrame, o que contribui para a redução do bem-estar do paciente, maior uso de recursos de saúde e sobrecarga da doença”, disse doutor Steven E. Kahn, M.D., Ch.B., da Divisão de Metabolismo, Endocrinologia e Nutrição do Departamento de Medicina do VA Puget Sound Health Care System e da Universidade de Washington, Seattle. “No estudo SELECT, esse grupo de pacientes apresentou uma alta taxa de internações hospitalares, mas entre aqueles que receberam semaglutida 2,4 mg uma vez por semana, observamos reduções significativas nas internações e no tempo total que permaneceram hospitalizados. Estamos satisfeitos com essa análise, que examina mais a fundo os efeitos da semaglutida 2,4mg.”
 

De acordo com essa análise do SELECT, uma menor porcentagem de pacientes que tomaram semaglutida 2,4 mg teve uma primeira internação por qualquer motivo, em comparação com o placebo (33,4% vs 36,7%, razão de risco [HR] 0,89 [0,84, 0,93], p<0,0001) e para eventos adversos graves (30,3% vs 33,4%, HR 0,88 [0,84, 0,93], p<0,0001).¹ Além disso, o número total de hospitalizações foi menor no grupo da semaglutida 2,4 mg em comparação com o placebo, para todas as indicações (18,3 vs 20,4 internações por 100 pacientes-ano, HR 0,90 [0,85, 0,95], p=0,0002) e para eventos adversos graves (15,2 vs 17,1 internações por 100 pacientes-ano, HR 0,89 [0,84, 0,94], p<0,0001).¹

O número de dias de hospitalização por 100 pacientes-ano foi menor no grupo da semaglutida 2,4 mg para todas as internações (157,2 vs 176,2 dias, razão de risco [RR] 0,89 [0,82, 0,98], p=0,01) e para internações relacionadas a eventos adversos graves (137,6 vs 153,9 dias, RR 0,89 [0,81, 0,98], p=0,02).

As amplitudes dos intervalos de confiança não foram ajustadas para multiplicidade e, portanto, os intervalos de confiança e valores de p não devem ser usados para inferir efeitos definitivos de tratamento nesta análise exploratória pós-hoc. A semaglutida não é aprovada atualmente para desfechos relacionados a hospitalizações.
 

A coleta de dados de segurança no estudo SELECT foi limitada a eventos adversos graves (incluindo morte), eventos adversos que levaram à descontinuação e eventos adversos de especial interesse. No estudo SELECT, a proporção de pacientes para os quais foram relatados eventos adversos graves foi de 33,4% nos pacientes randomizados para semaglutida 2,4 mg e de 36,4% nos pacientes que receberam placebo. Dezesseis por cento (16%) dos pacientes tratados com semaglutida 2,4 mg e 8% dos pacientes que receberam placebo, respectivamente, descontinuaram o medicamento do estudo devido a um evento adverso. O evento adverso mais comum que levou à descontinuação foi relacionado a distúrbios gastrointestinais, ocorrendo em 10% dos pacientes no grupo da semaglutida 2,4 mg e em 2% no grupo placebo.
 

“Com esses dados, vemos que, além de proteger o coração, esse tratamento pode ajudar a reduzir o tempo que esses pacientes passam no hospital, o que melhora a qualidade de vida e diminui o impacto sobre o sistema de saúde. Para a população, isso representa uma esperança renovada de que o tratamento com semaglutida 2,4 mg pode trazer benefícios que vão além da perda de peso, oferecendo proteção cardiovascular e contribuindo para um manejo mais eficaz das complicações associadas à obesidade. Esses achados reforçam o papel da semaglutida como uma ferramenta poderosa para melhorar a saúde de pessoas com obesidade e nos motiva a seguir adiante em nossa missão de transformar o cuidado de pacientes em todo o mundo”, afirma Priscilla Mattar, endocrinologista e vice-presidente da área médica da Novo Nordisk no Brasil.

 

Foto: Banco de Imagem