Médico radiologista fala da importância da detecção precoce e do acompanhamento da saúde masculina
No contexto do Novembro Azul, o médico radiologista do Instituto de Diagnóstico por Imagem da Santa Casa de Piracicaba, Guilherme Baptistella de Napoli, ressalta a importância da ressonância magnética da próstata no diagnóstico precoce do câncer prostático.
Segundo ele, essa ferramenta moderna tem se tornado essencial no rastreio da doença, permitindo uma identificação precisa das lesões.
Napoli explica que a detecção precoce é um dos principais fatores que influenciam as taxas de sucesso no tratamento.
“Quando conseguimos identificar um tumor em estágio inicial, as chances de um tratamento eficaz aumentam consideravelmente”, afirma.
Ele destaca que a ressonância magnética não apenas ajuda a detectar tumores, mas também a avaliar sua gravidade e extensão, o que é fundamental para determinar o melhor caminho terapêutico.
Outro ponto enfatizado pelo radiologista é o papel da ressonância na minimização de biópsias.
“Muitas vezes, conseguimos obter informações suficientes por meio da imagem, evitando procedimentos invasivos que podem causar desconforto ao paciente”, diz.
Essa abordagem não apenas melhora a experiência do paciente, mas também pode reduzir complicações associadas a biópsias.
Napoli também faz um apelo à conscientização sobre a saúde masculina.
Para ele, é fundamental que os homens se sintam à vontade para discutir sua saúde e buscar exames preventivos.
“A comunicação é essencial. Conversar com os médicos sobre questões de saúde é um passo importante para a prevenção”, enfatiza.
De acordo com o médico, a idade recomendada para iniciar os exames preventivos relacionados ao câncer de próstata pode variar de acordo com o histórico familiar e fatores de risco individuais.
“Em geral, a maioria das diretrizes sugere que homens sem fatores de risco comecem a discutir a realização de exames, como o PSA e o toque retal, a partir dos 50 anos.
Para aqueles com histórico familiar de câncer de próstata, especialmente se um pai ou irmão teve a doença, é aconselhável considerar o início dos exames mais cedo, geralmente aos 45 anos”, alerta.
Além disso, segundo ele, homens com fatores de risco adicionais devem consultar um médico para discutir a necessidade de avaliação antes dos 45 anos.
É importante que cada homem converse com seu médico para determinar o melhor momento para iniciar os exames preventivos, já que a detecção precoce é fundamental para um tratamento eficaz.