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Como identificar e apoiar alguém com sinais de depressão

Monìk Moreno Psicóloga clínica e Organizacional CRP 06174263

Todos os dias, convivemos com pessoas que podem estar enfrentando desafios emocionais. Como podemos identificar os sinais de um possível quadro depressivo e oferecer o apoio necessário?

Esse é um questionamento cada vez mais presente em nossas vidas. A depressão pode se manifestar de várias formas, e estar atento às mudanças sutis no comportamento daqueles ao nosso redor é o primeiro passo para ajudar.

Inicialmente, as alterações podem ser discretas, mas perceptíveis. Uma pessoa antes comunicativa pode se tornar mais silenciosa e retraída. Convites para encontros sociais, como o tradicional “happy hour”, começam a ser recusados. Em outros momentos, a melancolia e o choro podem se tornar mais frequentes, e o distanciamento social pode ser evidente.

Essas mudanças podem também se refletir no ambiente de trabalho, onde a pessoa, antes participativa e colaborativa, passa a evitar conversas e compromissos. Sorrisos que antes eram comuns tornam-se raros, e os afastamentos por motivos de saúde começam a ser recorrentes.

No ambiente familiar, o afastamento pode ser ainda mais doloroso. A pessoa se torna ausente nas rotinas diárias, com sinais como a perda de apetite e a tendência ao isolamento. A sensação de que a pessoa está “longe”, mesmo fisicamente presente, pode ser notada em momentos de devaneio ou falta de atenção nas conversas. Tarefas que antes eram realizadas com prazer, como preparar uma sobremesa para o almoço de domingo ou cuidar dos próprios pertences, começam a ser negligenciadas.

Mudanças no autocuidado também são um alerta. Uma mulher que costumava ir ao salão semanalmente pode deixar de cuidar do cabelo ou das unhas, assim como um homem pode abandonar o hábito de fazer a barba ou cortar o cabelo regularmente. Esses pequenos sinais, quando somados, podem indicar que algo mais sério está acontecendo.

Diante dessas situações, é essencial mostrar-se atento e preocupado. Perguntas simples, como “Percebi que você não fez as unhas recentemente, aconteceu algo que te incomodou?”, podem abrir espaço para uma conversa mais profunda. Demonstrar interesse genuíno pode ser o primeiro passo para que a pessoa se sinta segura em compartilhar o que está sentindo, é importante que ela entenda que não escolheu se sentir dessa maneira.

Ao identificar esses sinais, é importante agir com sensibilidade e empatia. Evite julgamentos ou minimizar os sentimentos da pessoa. Incentive a busca por ajuda profissional. Ofereça-se para acompanhar em uma consulta ao profissional de saúde mental, se possível, ou ajude a encontrar recursos como linhas de suporte emocional ou grupos de terapêuticos. Ou até mesmo, o amparo prático, como se oferecer para realizar pequenas tarefas do dia a dia ou simplesmente estar disponível para conversar, pode fazer uma grande diferença. Lembre-se de que a recuperação é um processo, e estar presente ao longo desse caminho é fundamental.

Cuidar da saúde mental é um ato de amor, tanto para quem cuida quanto para quem precisa ser cuidado. Procure um psicólogo, converse sobre o que está sentindo. Falar é um ato de amor, consigo mesmo e com os outros.

Neste Setembro Amarelo, vamos iluminar vidas com empatia e cuidado, porque falar sobre saúde mental é salvar vidas.

 

Dra. Monìk Moreno
Psicóloga clínica e Organizacional
CRP 06/174263

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