Nutricionista especializada na técnica explica como o histórico familiar interfere na predisposição a determinadas doenças e o que é possível fazer para evitar o surgimento destes problemas no decorrer da vida

A epigenética, campo da ciência que investiga como os genes se comportam em cada indivíduo, pode ajudar a descobrir predisposições a doenças como alzheimer, hipertensão, diabetes ou câncer, e com o tratamento correto, prevenir esses quadros.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as taxas de câncer podem aumentar mundialmente em 77% até 2050. A maioria das pessoas conhece alguém que passou pela doença, ou tem algum familiar que já foi diagnosticado. E muitas vezes surge a preocupação do tumor “passar” entre as gerações.

Segundo a nutricionista Jaciara Petry, especialista em nutrição integrativa, não é possível modificar a genética ou os genes do ser humano, mas é possível moldar a tendência ao aparecimento de determinadas enfermidades, de acordo com os hábitos de cada um.

“Há exames que identificam se você consegue absorver determinadas vitaminas, se é uma pessoa que consegue se detoxificar naturalmente ou não, se há predisposição para desenvolver obesidade ou diabetes. A partir disso é possível suplementar corretamente de acordo com as necessidades de cada um”, explica.

Esses exames, que normalmente são feitos por coleta de sangue ou saliva, eliminam a necessidade de testar diversos tratamentos em um processo de tentativa e erro que se torna cansativo e ineficaz. Com eles, é possível ir direto ao tratamento específico que a pessoa necessita.

“Quase todas as doenças começam pela boca. Seu corpo tenta te avisar com dores de cabeça, com alergias que surgem na pele, envelhecimento precoce, cansaço, exaustão, irritação. A lista é longa, são vários os sinais de alerta”, afirma Jaciara.

Os hábitos alimentares saudáveis atrelados à suplementação correta, segundo a nutricionista, são o pilar mais importante para evitar essas doenças, mas não são a única preocupação: é preciso se atentar ao meio em que se vive e às toxinas que temos contato no dia a dia.

Com esses cuidados, é possível silenciar os genes ruins e ativar os genes bons e fazer com que doenças que apareceriam ao longo da vida de uma pessoa que nunca se cuidou sejam silenciadas através dos bons hábitos.

Na parte da estética, a epigenética também traz benefícios: o sobrepeso e a má qualidade da pele são queixas comuns que podem ser solucionadas através de exames nutrigenéticos e do acompanhamento da nutrição integrativa.

“Você não é refém da sua genética. Com o acompanhamento nutricional ideal, é possível aumentar sua qualidade de vida, saúde física e até a autoestima”, finaliza.

Foto: Banco de Imagem

Legenda: Não é possível modificar a genética ou os genes do ser humano, mas é possível moldar a tendência

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“Quase todas as doenças começam pela boca. Seu corpo tenta te avisar com dores de cabeça, com alergias que surgem na pele, envelhecimento precoce, cansaço, exaustão, irritação. A lista é longa, são vários os sinais de alerta”