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⭐ Piracicaba, 27 de maio de 2025 ⭐

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Aumento de doenças respiratórias marca período do outono

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Médico chefe da pediatria da Santa Casa de Piracicaba alerta sobre as principais enfermidades sazonais e recomenda medidas preventivas

O início do outono traz consigo uma preocupação para os pais: o aumento das doenças respiratórias entre crianças.

De acordo com Marcelo Carvalho, médico chefe da pediatria da Santa Casa de Piracicaba, este período exige atenção redobrada devido às mudanças climáticas que favorecem a propagação de vírus.

“É esperado que haja um aumento dos casos de pacientes pediátricos respiratórios agora, no começo do outono, por uma mudança climática. É comum que já esperemos o aumento dessas internações, tanto em enfermarias quanto em UTIs”, explica o especialista.

Segundo Carvalho, as alterações de temperatura fazem com que as pessoas se aglomerem mais em ambientes fechados, o que contribui para a disseminação de patógenos virais.

Os sintomas mais comuns dessas enfermidades são similares aos do resfriado: mal-estar, coriza e desconforto respiratório, que podem vir acompanhados de febre.

O período atual é marcado pela circulação de três vírus respiratórios que demandam atenção especial.

“O vírus respiratório sincicial (VSR), influenza e covid são vírus que nos preocupam muito. Eles colocam em risco a vida tanto das crianças como de outras populações vulneráveis, como os idosos e pacientes com patologias prévias, como os asmáticos, por exemplo”, afirma Carvalho.

 

QUANDO PROCURAR ATENDIMENTO MÉDICO

O médico esclarece que nem sempre é necessário levar a criança ao pronto-atendimento diante dos primeiros sintomas.

“Submeter seu filho a uma consulta pediátrica de pronto-socorro nem sempre é uma boa resposta a qualquer problema de saúde. A criança pode ser exposta a patógenos piores do que aquele com o qual ela está sendo acometida”, alerta.

Carvalho ressalta que o serviço de emergência deve ser procurado em situações específicas: “O pronto-atendimento deve ser utilizado única e exclusivamente para pronto-socorrer, para aqueles casos de pacientes que começam a ter sintomas que podem colocar em risco a própria vida”.

Entre os sinais de alerta destacados pelo médico estão crises de cianose (quando a boca fica roxa) e desconforto respiratório. Em casos de tosse sem outros sintomas ou febre, a recomendação é procurar o pediatra particular, do convênio ou marcar consulta em Unidades Básicas de Saúde (UBS).

PREVENÇÃO POR MEIO DA VACINAÇÃO

A vacina, segundo o pediatra, constitui um método fundamental de proteção contra essas doenças.

Para covid e influenza, existem imunizantes disponíveis e eficazes. No caso do VSR, há uma nova vacina disponível, no momento, apenas na rede particular.

O médico esclarece um ponto importante sobre as vacinas: “O fato de você tomar a vacina da gripe ou da covid não garante que você não vá pegar essas doenças.

O que ocorre é que quando estou vacinado, a tendência é que não evolua para quadros graves, em comparação com aqueles que não são vacinados”.

Além disso, Carvalho destaca o caráter social da imunização: “Tomar vacina não só é necessário para a própria saúde, mas como um respeito social com os outros.

Além de você cuidar da sua saúde, evita que os outros sejam infectados pelo patógeno que você possa carregar consigo”.

CUIDADOS PREVENTIVOS DIÁRIOS

O especialista também recomenda medidas de prevenção no ambiente doméstico, especialmente para famílias com crianças alérgicas. As orientações incluem o uso de máscara em caso de sintomas, evitar aglomerações, utilizar álcool em gel e lavar as mãos frequentemente.

“Aquelas medidas que conhecemos na covid são necessárias e devem ser implementadas ano após ano quando temos um aumento da circulação dos vírus respiratórios”, reforça o médico.

Ele conclui enfatizando a importância das medidas preventivas para evitar um colapso no sistema de saúde:

“Tomar a vacina, evitar o contato social quando estiver infectado, usar máscara, álcool em gel e lavagem das mãos farão com que esses patógenos circulem menos; desta forma, teremos menos internações e evitamos um colapso de saúde pública”.

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