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O papel da Odontologia na Conscientização Mundial da Doença de Alzheimer

Tratamento Personalizado Câncer Idoso

A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva e irreversível que afeta o cérebro, principalmente em pessoas idosas, mas pode ter sua forma mais rara que acomete pessoas jovens.

Trata-se da forma mais comum de demência, um grupo de condições que causa a perda gradual da função cognitiva, incluindo memória, raciocínio, linguagem e habilidades de aprendizado, em que a evolução da doença leva à dependência de cuidados.

No Brasil, o Dia Nacional da Conscientização da Doença de Alzheimer foi instituído pela Lei nº 11.736/2008. Dados do Ministério da Saúde apontam que existam 1,2 milhão de casos, a maior parte deles sem diagnóstico. Mundialmente, cerca de 35,6 milhões de pessoas são diagnosticadas com a doença de Alzheimer.

Os principais sintomas da doença de Alzheimer incluem perda de memória a curto prazo, especialmente para eventos recentes; dificuldade em realizar tarefas cotidianas, como vestir-se, cozinhar ou manter a higiene pessoal e oral; confusão sobre o tempo e o espaço; dificuldade em encontrar palavras e se expressar verbalmente; problemas de julgamento e tomada de decisões e alterações na personalidade e no comportamento, como depressão, ansiedade e agitação.

A causa exata da doença de Alzheimer ainda não é completamente compreendida, mas envolve a acumulação anormal de proteínas no cérebro, como placas de beta-amiloide e emaranhados de tau (proteína específica da doença). Essas alterações no cérebro levam à morte progressiva das células nervosas, resultando em perda de função cognitiva.

Assistência odontológica

A Cirurgiã-Dentista e presidente da Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais (OPNE) do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Profa. Dra. Juliana Franco, explica que à medida que a doença progride, os sintomas se agravam e podem levar a uma perda significativa da independência e da qualidade de vida.

Infelizmente, não existe cura para a doença de Alzheimer no momento. O tratamento é baseado em farmacológicos específicos e no tratamento reabilitador, com equipe interdisciplinar (médicos, Cirurgiões-Dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais). O tratamento farmacológico ocasiona hipossalivação (diminuição do fluxo salivar) com o aumento do número de cáries e doença periodontal, o que aumenta a importância da higiene oral e do retorno frequente ao Cirurgião-Dentista, explica a Dra. Juliana.

A especialista acrescenta que a assistência odontológica ao paciente com Doença de Alzheimer é extremamente relevante para a realização da adequação da saúde bucal e manutenção através de consultas preventivas. De acordo com ela, o entendimento que a doença trará incapacidades e dificuldade de manejo odontológico ao paciente faz com que o planejamento odontológico realizado para médio e longo prazo seja focado em medidas preventivas, como controle de biofilme e orientação aos pacientes e cuidadores sobre a importância da higiene oral.

O atendimento odontológico deve ser realizado por profissionais que tenham experiência para essa assistência, pensando não somente na adequação do ambiente, mas também no manejo adequado do paciente e o melhor planejamento odontológico, com prevenção de agravos bucais e procedimentos para cada fase específica da doença, conta a especialista.

Dra. Juliana acrescenta que conscientizar o paciente e a família sobre a importância da saúde bucal é fundamental para diminuir as complicações bucais que acontecem devido à falta de cuidados. “Com a evolução da doença, o autocuidado oral torna-se difícil, e o cuidador tem papel fundamental nessa etapa”, analisa.

A Cirurgiã-Dentista lembra que o planejamento odontológico deve ser pensado na evolução das doenças e nas estratégias que devem ser realizadas para a realização dos procedimentos de forma eficiente e segura.

A manutenção de uma saúde oral satisfatória impacta não apenas nos benefícios da saúde em geral do paciente, mas na prevenção das infecções respiratórias, na qualidade de vida do paciente e da dignidade humana, conclui a Dra. Juliana.

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