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⭐ Piracicaba, 12 de dezembro de 2024 ⭐

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Proliferação de ratos representa riscos à saúde de pets

Proliferação de Ratos

Coordenadora do curso de Medicina Veterinária dá dicas e orientações para cuidados com animais domésticos

Com a chegada do inverno, aumenta a preocupação com a infestação de alguns tipos de pragas urbanas. O clima frio provoca o comportamento natural de animais sinantrópicos, como ratos, que procuram abrigo dentro das casas, em busca de temperaturas confortáveis, boa oferta de alimentos e um local seguro para morar e procriar. Essa invasão pode ser nociva à saúde de pessoas e, principalmente, dos pets, que são estimulados a interagir com esses roedores.

De acordo com a coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, professora doutora Janaína Duarte, são inúmeras as doenças que podem ser transmitidas nesses encontros e a principal delas é a leptospirose, provocada por uma bactéria presente na urina do rato, que pode causar a morte de seres humanos e animais domésticos.

Por instinto, cães e gatos podem atacar ou caçar esses pequenos invasores e ficam expostos ao risco de contaminação”, explica Janaína.

A leptospirose é uma zoonose infecciosa aguda potencialmente grave que causa lesões crônicas. O contágio pode ocorrer por meio do contato com água (caixas de esgoto, chuvas) ou solo úmido (lama, barro em enchentes) contaminados.

A bactéria pode estar presente no sangue dos roedores, portanto, é preciso tomar cuidado caso o seu pet ataque um rato. Além disso, esses animais podem ter ingerido raticidas e, indiretamente, intoxicarem os pets após contato pela mordida ou, até, pela ingestão dos mesmos”, alerta.

Segundo a acadêmica, em casos de mordidas ou arranhões, é importante lavar as regiões que entraram em contato com o roedor com água e sabão neutro e, em seguida, levar o animal para avaliação de um médico-veterinário. Esse contato pode ocasionar outras doenças como a raiva, sarnas e micoses, triquinose e salmonelose, por exemplo.

Dependendo da gravidade da situação, somente um profissional qualificado poderá realizar curativos e receitar remédios para o tratamento adequado”, completa a especialista.

A coordenadora elenca as principais dicas para evitar encontros indesejados entre pets e animais sinantrópicos:

  • Limpeza
    Recolher o lixo diariamente e manter as áreas da casa limpas pode evitar que ratos sejam atraídos para o ambiente doméstico. Materiais de construção, como tijolos e telhas, latas de lixo abertas e outros itens abandonados em quintais podem se tornar o abrigo ideal para pequenos roedores.
  • Alimentação
    Rações a granel não são recomendadas para armazenagem. É preciso que os restos de comida dos pets sejam devidamente descartados, assim como a embalagem de petiscos e pacotes de ração. A água dos bichinhos também deve ser trocada diariamente.
  • Felinos
    Embora sejam mais resistentes à leptospirose, os gatos devem ser desestimulados a caçar roedores, pois podem contrair essa e outras enfermidades. Assim como com os cães, o adestramento com um profissional para evitar esse comportamento pode ser uma alternativa.
  • Vedação
    Os roedores conseguem circular em tubulações de esgotos e encanamento. É aconselhável instalar telas e grades de proteção em ralos, assim como conferir periodicamente se as peças estão com boa fixação e firmeza. Portas com rodos também garantem a vedação completa na parte inferior do lar.
  • Vacinação
    A carteira de vacinação dos pets deve estar sempre em dia. A vacina múltipla polivalente imuniza o pet contra leptospirose e outras enfermidades, portanto, é necessário manter a atualização da rotina médica veterinária dos animais.

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