Para muitos, ver o pet com alguns quilos a mais pode parecer fofo, porém, quando se trata da realidade, pode ser extremamente prejudicial para a saúde e o bem-estar do animal
Segundo pesquisa da Mars Petcare, 59% dos cães e 52% dos gatos no mundo sofrem com o sobrepeso, ou seja, animais que estão entre 10% a 20% acima do peso ideal e, assim como a obesidade (animais que estão mais de 30% acima do seu peso ideal), são predominantemente causadas por um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto de calorias. Algumas raças de cães são mais propensas a desenvolvê-lo em razão de suas características genéticas, como Basset Hounds, Beagles, Cocker Spaniels, Dachshunds e Labradores, de acordo com artigo da Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária (ABEV). No caso dos felinos, os mistos ou mestiços são mais vulneráveis a desenvolver essa condição.
O sobrepeso e a obesidade podem ocorrer por uma alimentação inadequada e sedentarismo e são condições que podem predispor a diversas outras doenças como diabetes, problemas articulares, gastrintestinais, neoplasias, que impactam a qualidade de vida e a longevidade dos pets. Alguns sintomas costumam aparecer com frequência quando se trata de excesso de peso, são eles:
- Indisposição ao correr ou andar.
- Dificuldades para se locomover ou se levantar.
- Menor tolerância ao exercício.
- Costelas pouco visíveis e palpáveis.
- Depósito de gordura corporal, por exemplo, na base da cauda, região lombar, abaixo do pescoço e membros.
Para solucionar as questões de obesidade e de sobrepeso, é recomendado que, em primeira instância, haja um direcionamento de um Médico-Veterinário, que possa diagnosticar o caso com precisão. Mas se tratando muitas vezes de uma questão de nutrição, a primeira opção é a reeducação dos hábitos alimentares do pet.
A redução da quantidade de calorias ingeridas é essencial, porém, deve ser feita da forma correta para não comprometer a saúde do animal. A simples redução da quantidade de alimentos oferecida para o animal, geralmente, não é uma boa estratégia pois, além de restringir as calorias, todos os demais nutrientes acabam sendo restritos também, o que pode predispor a deficiências nutricionais.
O principal objetivo do tratamento é o emagrecimento saudável, ou seja, perda de gordura corporal, manutenção da massa magra e controle do apetite para que o animal não sinta fome, o que pode comprometer a adesão do tutor ao tratamento. Vale ressaltar que a perda de peso é gradativa e o tempo de tratamento depende de qual percentual o pet está acima do peso. Tanto o diagnóstico quanto a recomendação da dieta e do tempo de tratamento devem ser feitos pelo Médico-Veterinário, e os acompanhamentos frequentes são fundamentais.
Exercício físico também serve de grande aliado para que haja uma manutenção saudável da saúde do pet. Antes de realizá-los com intensidade, é importante seguir as orientações de um Médico-Veterinário para que não haja complicações. Exercícios de baixo impacto, como hidroterapia, são boas alternativas para cães que já tenham algum grau de comprometimento articular.