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⭐ Piracicaba, 14 de novembro de 2024 ⭐

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Cuidado com os pets em tempos de seca e fumaça

Veterinário alerta para os riscos respiratórios e de pele em animais de estimação

A combinação de 124 dias sem chuva, altas temperaturas e fumaça das queimadas que atingem diversas regiões do país, incluindo o Distrito Federal, tem gerado um ambiente perigoso não apenas para os seres humanos, mas também para os animais de estimação. A qualidade do ar piorou significativamente, com a umidade relativa do ar caindo para níveis críticos, e a presença constante de poluentes representa um risco direto à saúde dos pets.

Felipe Ferraz, veterinário, ressalta que os donos de cães e gatos devem estar atentos aos cuidados necessários para proteger seus animais de estimação.
“A fumaça das queimadas e a poluição do ar podem causar irritação nas vias respiratórias, olhos e pele dos pets”, explica Ferraz. “Em dias de baixa umidade, esses efeitos são ainda mais agravados, pois o ar seco já provoca ressecamento das mucosas, tornando os pets mais suscetíveis a inflamações, alergias e dificuldades respiratórias”. Ele alerta que os principais riscos incluem bronquite, asma, irritação ocular, ressecamento e coceira na pele, além de infecções respiratórias.
Entre os sinais de que um pet pode estar sofrendo com a exposição à fumaça e à má qualidade do ar estão tosse, espirros, secreção nasal ou ocular, dificuldade para respirar, chiado no peito, letargia e perda de apetite. “Irritação ocular com olhos vermelhos e lacrimejantes também é um indicativo de que algo não está bem”, acrescenta Ferraz. Esses sintomas devem servir como um alerta para os tutores, que precisam agir rapidamente para evitar que o quadro se agrave.

A combinação de fumaça, calor extremo e baixa umidade afeta não apenas o sistema respiratório dos pets, mas também a hidratação e a saúde geral deles. “O risco de desidratação é elevado, especialmente porque a respiração ofegante e a perda de líquidos através do calor podem agravar a situação”, destaca o veterinário. Além disso, a pele e as mucosas dos animais podem sofrer ainda mais, ficando ressecadas e suscetíveis a irritações e infecções. Ferraz sugere que os tutores mantenham os pets dentro de casa, em ambientes frescos e bem ventilados. Ofereça bastante água fresca e limpa e evite atividades físicas intensas durante esses períodos”, aconselha.
Limitar os passeios ao ar livre é altamente recomendado durante períodos de fumaça intensa e baixa umidade. Se for necessário sair, Ferraz recomenda que os passeios sejam curtos, realizados nas horas mais frescas do dia, e em locais menos expostos à poluição. “Mantenha o ambiente interno bem ventilado, mas evite deixar janelas abertas se a qualidade do ar estiver ruim. O uso de purificadores de ar pode ajudar a remover poluentes e partículas de fumaça do ambiente interno, e umidificadores são importantes para evitar o ressecamento do ar”, explica.
Para pets com condições respiratórias pré-existentes, como asma ou bronquite, a situação é ainda mais delicada. “Esses animais são particularmente vulneráveis à piora dos sintomas, e a exposição prolongada à fumaça e ao ar seco pode agravar essas condições, levando a crises mais frequentes e graves”, alerta Ferraz. Ele enfatiza a importância de manter esses pets estritamente dentro de casa, em ambientes com ar purificado e umidificado, além de ter à disposição os medicamentos prescritos pelo veterinário.
A prevenção é a chave para minimizar os riscos à saúde dos pets em tempos de seca e fumaça. Ferraz sugere que os tutores invistam em uma dieta rica em antioxidantes, como vitamina E e ômega-3, que pode ajudar a reduzir a inflamação e fortalecer o sistema imunológico dos animais. “Suplementos que promovem a saúde da pele e do pelo, como ácidos graxos essenciais, também podem ser benéficos para ajudar os pets a lidar melhor com a poluição e o clima seco, completa.
Por fim, Ferraz reforça que é essencial monitorar os sinais de saúde dos pets e procurar atendimento veterinário urgente se houver sintomas como dificuldade extrema para respirar, respiração ofegante, coloração azulada das gengivas ou língua, desmaios ou fraqueza extrema. “Esses sinais indicam uma emergência que requer intervenção imediata”, conclui o veterinário, destacando a importância de medidas preventivas e o cuidado constante para garantir o bem-estar dos animais de estimação durante esses períodos desafiadores.