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A importância da vermifugação para a saúde de cães e gatos

Vermífugos em Pets

Manter os animais livres de vermes evita diversas doenças nos bichinhos e a transmissão para humanos, segundo professora da Faculdade Unime

Manter os cães e gatos livres de vermes é importante não apenas para a saúde e bem-estar dos pets, mas também para evitar a transmissão de parasitos para humanos, que poderiam causar, por exemplo, o bicho geográfico e distúrbios no trato intestinal, sobretudo em crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas.

Segundo a médica veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Unime, Marília Carneiro, a vermifugação é muito importante nos primeiros meses de vida de cães e gatos para prevenir e tratar os temidos vermes, que podem causar doenças nos pets, além de alguns serem transmitidos para os humanos.

Boa parte dos medicamentos de qualidade têm na sua composição substâncias importantes para combater vermes em cães e gatos. Entretanto, o ideal é levar os pets ao médico veterinário para a recomendação do vermífugo mais apropriado, considerando as especificidades clínicas de cada animal”, recomenda Marília Carneiro.

Quando vermifugar seu animal

A primeira dose deve ser aplicada entre 15 e 30 dias de vida dos pets, sendo reforçada a segunda dose 15 dias depois da primeira aplicação. O Conselho Tropical para Parasitos de Animais de Companhia recomenda a vermifugação em cães de 15 em 15 dias a partir de duas semanas de vida até o filhote completar 8 semanas. Em gatos, o conselho recomenda o início da vermifugação com 3 semanas de idade, repetindo quinzenalmente até 10 semanas de idade.

Esta fase inicial da vida dos animais é muito propensa ao parasitismo de vermes em virtude da amamentação. Para amenizar o risco, a vermifugação dos filhotes e da mãe deve seguir o calendário prescrito pelo profissional habilitado”, explica a veterinária.

Depois das 8 ou 10 semanas de vida, em geral, os pets precisam de doses de vermífugo mensais até os seis meses, de acordo com o Conselho Tropical para Parasitos de Animais de Companhia. Posteriormente, o intervalo pode ser aumentado para doses a cada três meses. Devemos lembrar que o uso indiscriminado de antiparasitários pode tornar populações de vermes ou de qualquer outro parasito resistentes a esses medicamentos. Portanto, todo esse processo deve ser acompanhado por um médico veterinário e com exames de fezes regulares, a cada três ou quatro meses, para saber a real necessidade da administração do vermífugo.

A médica veterinária acrescenta que até mesmo os bichos que vivem dentro de casa ou apartamento podem ser expostos a contaminações quando saem para passear com o tutor.

Muitas pessoas entendem que animais que vivem em apartamentos correm menos riscos de serem parasitados por vermes, mas os próprios tutores ou visitantes podem levar esses ovos de parasitas para dentro de casa através dos calçados. Além disso, muitos vermes ficam alojados no organismo do hospedeiro por longos períodos sem apresentar sintomas, o que pode acarretar riscos. Por isso sempre orientamos realizar os exames de fezes com regularidade”, alerta.

Doenças caudasa por vermes

No geral, animais sem vermifugação podem ser acometidos por três principais grupos de doenças:

  • Toxocaríase
    Os vermes da família Ascaridae se alojam no intestino de cães e gatos e podem ser observados a olho nu pelo tutor nas fezes e vômitos de bichos contaminados. Em cães, pode causar morte devido à enterite e/ou obstrução gastrointestinal, além de anorexia, diarreia, vômito, dor abdominal e baixa taxa de crescimento. Em gatos, geralmente, é assintomática. Em humanos, o verme pode causar dor abdominal, febre, hepatomegalia e tosse, pois a larva migra para órgãos como fígado, pulmão, cérebro e olhos, podendo comprometer o sistema neurológico e até cardíaco em alguns casos.
  • Ancilostomose
    Causada pelos Ancilostomídeos, parasitas que se alojam no intestino delgado, podem afetar humanos, cães e gatos, causando diarreia, muitas vezes com sangue, anemia e óbito nos pets. A infecção feita por meio da ingestão de água e alimentos contaminados. Em humanos pode causar o popular “bicho geográfico”.
  • Tênias (Dipylidium caninum)
    Parasita cestódeo, é um verme chato que pode ser transmitido para cães e gatos por meio das pulgas. Quando instalado no trato intestinal do cão geralmente não provoca sinais clínicos, mas pode causar irritação no reto, e os animais esfregam ou “arrastam” o períneo no chão. Ocasionalmente pode ocorrer enterite e/ou obstrução intestinal. Os gatos são mais tolerantes a infestações por esse parasito. Em humanos é transmitido geralmente para crianças ao ingerirem pulgas infestadas, podendo apresentar irritação perianal e/ou distúrbios intestinais leves.

Boa alimentação reduz ocorrência grave de vermes

Uma das formas mais comuns de transmissão de vermes para cães e gatos é pelo consumo de água e alimentos contaminados. A nutrição adequada de qualquer animal dá suporte ao seu sistema imune e ajuda na prevenção de infestações parasitárias graves.

As boas práticas de higiene colaboram para a saúde dos animais, de maneira geral. A alimentação deve ser com base nas reais necessidade de cada um, sem incentivar a caça de outros animais; essa prática pode causar a ingestão de microrganismos causadores de doenças. Também alertamos sobre manter os pratos de água e comida sempre lavados e usar hipoclorito de sódio para lavar o ambiente onde são depositadas as fezes”.

Por fim, a docente reforça a importância de seguir as orientações do médico veterinário, observando a prescrição da quantidade de cada dose e intervalos de reforço, para assegurar a proteção correta do seu amigo de quatro patas.

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