Especialista ressalta sobre a importância da nutrição para o desenvolvimento físico e social do pet
Os gatos são considerados um dos pets mais amados e populares do mundo. Só no Brasil são quase 25 milhões de gatos domésticos e *5,1 milhões de filhotes de felinos nascem anualmente no mundo.
Que eles são inteligentes e muito amáveis, todo mundo já sabe. Mas, os felinos precisam de cuidados especiais, principalmente na primeira fase de vida do gato, que traz importantes mudanças físicas e comportamentais. Para um tutor de primeira viagem, a missão de cuidar de um filhote pode ser uma experiência gratificante, mas ao mesmo tempo desafiadora, pois surgem dúvidas comuns, principalmente no que diz respeito à nutrição do gatinho durante a fase de desenvolvimento, que impactará sua saúde ao longo da vida.
Os gatos precisam de cuidados especiais, sobretudo nos primeiros meses de vida. Ao se tornar um tutor, é preciso preparar a casa para o felino e se atentar aos detalhes, como instalar tela de proteção e escolher uma alimentação adequada para cada estágio de vida, seja um bebê, filhote ou após a castração” explica Letícia Tortola, Médica-Veterinária e Coordenadora de Comunicação Científica da Royal Canin Brasil.
A especialista em Nutrição de Gatos e Cães ressalta que para o desenvolvimento físico e social do pet, é necessário que o tutor esteja ciente que uma dieta específica para filhotes é fundamental. É nesse período-chave, que o sistema imunológico se desenvolve de maneira gradual e um complexo de nutrientes cientificamente comprovado, como antioxidantes, fornecido na alimentação do filhote apoia o desenvolvimento do sistema imunológico saudável do filhote.
A nutrição sob medida para as necessidades específicas de cada estágio do desenvolvimento dará suporte ao crescimento dos filhotes de gatos e cães, o que ajudará a torná-los adultos fortes e saudáveis. Ao fornecer o alimento adequado estabelecerá as bases para que tenham uma vida longeva e sadia”, completa Letícia.
1. Gatos precisam de ambientes próprios para se alimentar
No seu novo lar, o filhote precisa ter um lugar para chamar de seu. Por serem dotados pela natureza com uma sensibilidade muito aguçada, lugares calmos e fora de vista e com rota de fuga fácil, são ideias para que ele possa fazer suas refeições adequadamente. Separe sempre três comedouros para o felino, de cerâmica ou alumínio, para água, alimento seco e alimento úmido.
2. Alimento perto da caixa de areia sanitária não é recomendado
Outra curiosidade em relação ao comportamento de um gato, inclusive filhote, é que ele prefere se alimentar se seu comedouro estiver longe da caixa de areia sanitária. Isso porque eles não gostam e têm um olfato muito aguçado! Portanto, o tutor precisa estar atento e mudar o comedouro de lugar a uma distância do “banheiro” do felino.
3. Sustos podem afetar o apetite do gato
Gatos filhotes são mais sensíveis, portanto, perturbações podem assustar o pet e afetar a frequência e quantidade da alimentação. Chegada de estranhos em seu ambiente, mudanças na iluminação ou posição dos móveis, são fatores que contribuem para que isso aconteça.
4. Filhotes precisam de uma alimentação diferente de gatos adultos
A dieta do gato filhote precisa conter maior teor de energia e proteína e ainda outros nutrientes que estimulem seu desenvolvimento, como o Ômega-3 DHA por exemplo. Nesta fase, tanto o sistema digestivo como o imunológico estão se desenvolvendo lentamente, dessa forma, as necessidades nutricionais dos gatos filhotes são muito específicas e diferentes das dos adultos. 70% dos tutores oferecem alimento de adulto para gatos filhotes, o que pode afetar o desenvolvimento dos felinos a longo prazo. Filhotes necessitam de um conteúdo específico de nutrientes para atender às demandas de crescimento e um conteúdo mineral equilibrado para o desenvolvimento ósseo saudável.
5. Gatos tem aumento de apetite após a castração
A castração, que costuma acontecer após os seis meses, pode aumentar o apetite de alguns gatos. Nesta fase, a ingestão de energia precisa ser reduzida entre 20% e 30%, para evitar o ganho de peso é excessivo. O alimento específico para os filhotes castrados (de 6 a 12 meses) é ideal para manter a saúde do pet e garantir o seu bem-estar neste período.
6. Gatas têm necessidades nutricionais diferentes durante a gestação
É também importante cuidar da alimentação da gata gestante e em lactação, pois as necessidades energéticas e nutricionais se diferem e sua alimentação influenciará diretamente a saúde e o desenvolvimento dos filhotes. O ganho de peso linear durante a gestação se diferencia de todos os mamíferos e a maior parte ocorre na fase final da gestação. No início da gestação, deve-se alimentar a gata com uma dieta de alta energia, formulada especificamente para apoiar o momento de gestação e, mais tarde, a produção de leite para alimentar os seus gatinhos. Neste período, a gata produz de 1,5 a 2 vezes o seu próprio peso em leite, sendo a produção diária de aproximadamente 250 ml de leite. Portanto, a dieta precisa ser adequada para a alimentação antes, durante e depois da gestação. Neste período, a gata produz de 1,5 a 2 vezes o seu próprio peso em leite, sendo a produção diária de aproximadamente 250 ml de leite. Portanto, a dieta precisa ser adequada para apoiar desde o início da gestação até o desmame dos gatinhos.
7. Gatos filhotes precisam conhecer diferentes texturas de alimentos
Após o desmame, que acontece entre a 4ª e 5ª semana de vida, o tutor já pode começar a fase de adaptação para uma nova alimentação sólida e úmida. Nesta fase é importante que o pet conheça diferentes texturas de alimentos. Nesta fase são indicados alimentos que inclui vitaminas C e E para apoiar o desenvolvimento saudável do sistema imunológico, além do ômega-3 (DHA) para suportar o desenvolvimento cerebral e promover uma visão saudável nos jovens gatinhos.
8. Pequenos croquetes reidratáveis facilitam o desmame
O gato filhote também vai precisar de uma adaptação na fase do desmame, do leite materno para o alimento sólido. Desta maneira, é indicado o uso de um alimento de pequenos croquetes pequenos e reidratáveis, que podem ser utilizados com água de morna para reidratá-lo de forma rápido e simples e facilitar a transição do leite materno para o alimento sólido.