De pureza a ressalva das curvas, a tendência que segue fixa nas passarelas já foi alvo de muita controversa. Entre os séculos 17, 18 e 19, o babado contribuía para a representatividade da imagem frágil de uma mulher submissa e dependente. Entre os homens, marcavam presença nas mangas e o plastron que acentuavam a pompa e soberba dos pertencentes à nobreza.
Com o passar dos anos o recorte foi repaginado e ganhou espaço para os ombros, cintura, barra de saias e outros, perdendo o estereótipo negativo, recebendo um novo significado; o realce. Realçar as curvas do corpo feminino, seja de forma mais sensual ou infantilizada, era sonho de consumo entre muitas mulheres.
Atualmente, o babado volta com essa mesma função de forma madura e consciente, agregando ao look a medida certa de feminilidade e a postura de uma mulher decidida. Além disso, ele pode ser um fator positivo para quem quer trazer volume a uma determinada parte do corpo”, conta Fernando Fray Espanha, tradutor, técnico em estilismo e coordenador de moda.
Ainda, de acordo com Espanha, a principal dica para quem deseja aderir a essa tendência é a cautela ao escolher a região onde o recorte estará localizado. Roupas com babados no busto valorizam o colo da mulher e dão a sensação de seios mais avantajados. O mesmo ocorre com quem tem uma silhueta mais reta. Uma saia com esse shape pode modelar a cintura e trazer volume ao quadril.