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⭐ Piracicaba, 26 de novembro de 2024 ⭐

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Quando a birra da criança deixa de ser uma atitude normal e passa a ser um transtorno?

Birras Infantis Como Lidar

As crises de raiva podem ser normais ou indicar um distúrbio

É comum ver crianças esperneando no chão ou gritando porque os pais não compraram um brinquedo da loja ou brigaram com elas. Essa é a famosa “birra”, que incomoda a maioria das pessoas e é vista como falta de educação. Essas crises de raiva são atitudes normais, mas também pode indicar um possível transtorno. Márcia Karine Monteiro, psicóloga, neuropsicopedagoga e coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU — Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, explica como os pais devem lidar nesses momentos e quando se preocupar.

É uma situação complicada, mas os pais precisam encontrar tranquilidade para falar com os filhos. Perguntar como podem ajudá-los, demonstrar a possibilidade de resolverem o incômodo juntos, falar que não há problema em chorar, oferecer um abraço, compreender sua frustração e contar que também sente raiva e sempre estará presente para escutá-los são formas saudáveis de resolver ou amenizar a crise. Brigar só vai piorar a explosão de raiva”, afirma Márcia.

É preciso procurar a melhor maneira de lidar com o filho, pois cada criança apresenta um comportamento diferente. Caso nenhuma das frases funcione, é interessante procurar um profissional para ele indicar outros métodos e avaliar se a “birra” é, na verdade, o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD).

O diagnóstico não é tão simples, já que crianças costumam agir dessa maneira. Inclusive, muitas só são diagnosticadas após anos. Para descobrir a presença ou não do TOD, o psicólogo avaliará se os sintomas são frequentes. Um sinal do distúrbio, por exemplo, é quando a desobediência e os comportamentos agressivos se tornam constantes, afetando a vida social”, comenta a neuropsicopedagoga.

Ela reforça que o Transtorno Opositivo-Desafiador não aparece apenas em crianças, mas também em adolescentes, podendo permanecer até a vida adulta. Com o tratamento adequado, as alterações comportamentais devem melhorar, resultando em uma melhoria na qualidade de vida da pessoa.