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5 questões sobre planejamento reprodutivo

Silhuetas Mulheres Grávidas - Planejamento Familiar

Tomar decisões sobre se e quando querem ter filhos pode reduzir a mortalidade materna e de recém-nascidos, além de aumentar as oportunidades para as mulheres e gerar famílias e comunidades mais saudáveis e prósperas

O Brasil tem uma taxa alarmante de gestações não planejadas: são 1,8 milhão de gestações não planejadas por ano, o que representa 55,4% de todos os partos. De acordo com dados do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o Brasil ainda apresenta alto índice de gravidez na adolescência: uma média de 18,1% de nascimentos oriundos de mães adolescentes, apesar de uma baixa taxa de fecundidade geral. Ao menos 24 mil bebês são de mães com idade entre 10 e 14 anos.

Previsto em leis que envolvem tratados internacionais de direitos humanos, o direito reprodutivo é um conjunto de ações que auxiliam a família a planejar a chegada dos filhos e também a prevenir a gravidez não planejada.

Pensando como uma questão de saúde pública, o planejamento reprodutivo voluntário ainda pode ser um dos investimentos mais custo-efetivos que um país pode fazer em seu futuro. Com ele, é possível que as mulheres – sozinhas ou em conjunto com seus parceiros ou parceiras – tomem decisões sobre se e quando querem ter filhos, podendo reduzir a mortalidade materna e de recém-nascidos, além de aumentar as oportunidades para as mulheres e gerar famílias e comunidades mais saudáveis e prósperas.

Por isso, elencamos cinco pontos fundamentais sobre planejamento reprodutivo:

Cada gestação não planejada no Brasil gera um custo, estimado em 2010, de R$ 2.293,00 somente com internações hospitalares, totalizando R$ 4,1 bilhões por ano.

Estudo da UNICAMP, que avaliou gestações não planejadas no Brasil entre 2010 e 2014, concluiu que reduções nas taxas de gravidez não planejada não só diminuem gastos como também as taxas de morbidade e mortalidade materno- fetal.

A cada dois anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualiza sua lista de medicamentos essenciais. Devido à eficácia, segurança e custo-efetividade, os três tipos de LARC (Contraceptivos Reversíveis de Longa Ação), que são implante de etonogestrel, DIU de levonorgestrel e DIU de cobre, estão inclusos nessa lista. Dentre eles, o implante de etonogestrel apresenta o menor risco de falha.

Devido às altas taxas de eficácia apresentadas, os anticoncepcionais resersíveis de longa ação são reconhecidos como os métodos anticoncepcionais mais eficazes pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).

As mulheres correm um risco 20 vezes maior de engravidar quando usam

É importante lembrar que a camisinha é o único método que previne as infecções sexualmente transmissíveis.

Mulheres jovens

A gestão não planejada entre as jovens pode ser determinante para seu desenvolvimento pessoal, social e econômico.

  • Uma em cada 5 gestações não planejadas no Brasil (22%) é de uma jovem com até 19 anos.
  • Entre 60 e 83,7% das gestações de adolescentes e jovens não são planejadas.
  • Cerca de 30% das adolescentes engravidam novamente no primeiro ano pós parto e, entre 25% e 50%, no segundo ano pós-parto.
  • 6 em cada dez jovens de 15 a 24 anos não usaram preservativo em alguma relação sexual durante o último ano.
  • Em 2015, 33,8% dos adolescentes entre 13 e 17 anos que já tinham começado sua vida sexual não usou camisinha na última transa – o índice é nove pontos percentuais maior do que em 2012.
  • Das meninas com idade entre 10 e 17 anos sem filhos, somente 6% não estudam; já entre as meninas que têm filhos, 76,4% não estudam e 58,8% não estudam nem trabalham.
  • Cada ano adicional de ensino secundário de uma jovem aumenta sua renda potencial futura em 15 a 25%.
  • Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), apesar de o uso correto dos anticoncepcionais orais combinados apresentarem taxa de falha de 0,01%, no uso típico, essa falha sobe para 8% em mulheres adultas e até 24% em adolescentes.
  • Para evitar esse erro, recomenda que a abordagem seja empregar métodos contraceptivos reversíveis, cujo resultado dependa menos da usuária, como os implantes subdérmicos e os dispositivos intrauterinos (DIU), denominados métodos contraceptivos reversíveis de longa duração (em inglês, Long-Acting Reversible Contraception – LARC)