Estudo da Universidade de Cornell (NY) descobre que o cérebro da mulher é tão afetado quanto o ovário na menopausa.
Enquanto o tema ganha destaque, é importante direcionar nossa atenção para um grupo específico de mulheres que muitas vezes enfrenta desafios únicos nesse contexto: aquelas que estão atravessando a menopausa; uma fase em que as oscilações hormonais podem intensificar os desafios emocionais.
Um estudo da professora de neurociência e diretora do Programa de Prevenção de Alzheimer no Centro Médico Weill Cornell, da Universidade de Cornell, em Nova York, Lisa Mosconi afirma que em suas pesquisas recentes descobriu que o cérebro é tão afetado na menopausa quanto os ovários.
A pesquisadora explica que quando uma mulher diz que está com fogachos, suores noturnos, ela está se referindo a sintomas neurológicos.
Isso ocorre porque o cérebro e os ovários fazem parte do sistema neuroendócrino, ou seja, estão interligados.
Durante a menopausa, o corpo experimenta uma queda drástica nos níveis de estrogênio e progesterona.
Esses hormônios influenciam o humor, e as oscilações podem levar a desequilíbrios nos neurotransmissores, desencadeando ansiedade. Além disso, o declínio do estrogênio pode afetar a forma como o corpo lida com o estresse, diz o ginecologista André Vinicius.
Um estudo no Journal of Affective Disorders mostrou que as mulheres na menopausa tendem a apresentar sintomas de ansiedade mais frequentemente do que em outras fases.
Para o especialista em saúde da mulher, as alterações hormonais são apenas uma parte do quebra-cabeça, mas são vitais para entender a ligação entre menopausa e ansiedade.
A menopausa não é apenas uma transição física, mas também emocional. Preocupações com o envelhecimento, a autoimagem, e a perda da fertilidade podem pesar na mente. Muitas mulheres também experimentam insônia, que é tanto um sintoma da menopausa quanto um fator agravante para a ansiedade, ressalta o médico.
Como evitar a ansiedade na menopausa
O primeiro passo é reconhecer a ansiedade e buscar ajuda profissional. Seja de um ginecologista, endocrinologista ou psicólogo; o suporte pode ser transformador.
Entre as opções de tratamento, está a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), mas o ginecologista pontua que deve ser sempre avaliada junto com o médico.
Mudanças no estilo de vida, como dieta balanceada e atividade física regular, podem também ser extremamente valiosas. Além de técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, que são comprovadamente cientificamente que combatem à ansiedade, finaliza Vinicius.
OLHO, SE PRECISAR
“A menopausa não é apenas uma transição física, mas também emocional. Preocupações com o envelhecimento, a autoimagem, e a perda da fertilidade podem pesar na mente…”