Palestrante Rita Zózimo foi convidada pela equipe John Maxwell para participar de palestras como parte dos eventos Youth Max
O fracasso é o primeiro passo para a gente alcançar o sucesso”. Essa é uma das primeiras frases da pedagoga, coach e palestrante internacional, Rita Zózimo, em entrevista ao Jornal Piracicaba Hoje. Ela participou de várias palestras em Piracicaba na última semana destinada ao público jovem.
A palestrante foi convidada pela equipe John Maxwell para participar de palestras motivacionais como parte dos eventos Youth Max, realizados entre 5 e 8 de junho em parceria com a Associação Memorial Amigos de Sião. “Somos sionistas, prezamos pelos valores judaicos, e um dos valores mais caros para nós é a preservação da vida.
Há um dito popular judaico que diz quem salva uma vida, salva o mundo inteiro. Por isso estamos nessa luta de combater o suicídio infantojuvenil a todo custo”, disse Maurício Ribeiro, um dos organizadores das atividades.
Para a palestrante, vários são os fatores que podem levar o jovem ao sentimento de fracasso e é preciso estar atento.
Quando a gente entra nesse assunto, a gente começa a trabalhar o como eu posso impedir que um amigo meu se sinta tão fracassado a ponto de se auto mutilar”, disse.

Para ela, o glamour conferido a automutilação em séries de televisão, por meio do acesso que os jovens têm à informação, por meio de grupos em redes sociais. “Hoje eu ajudo jovens que me procuram e dizem que fazem parte de grupos de automutilação que se formam na internet e dali e vai para a prática”, afirma.
De acordo com Rita, é preciso ficar atento aos sinais emitidos pelos jovens. “Em todos os casos tinha um amigo, tinha uma pessoa da família, tinha alguém que não enxergou. Hoje a família, os amigos não se olham mais. Quem comete automutilação, quem busca essa prática, quer chamar a atenção de alguém”, disse.
As palestras foram realizadas no Senai, na Etec (Escola Técnica Estadual) Cel. Fernando Febeliano da Costa, Instituto Formar, Igreja Quadrangular da Vila Rezende e Igreja Antioquia. “Isso tem que servir de alerta. É possível tratar desse tema de forma eficiente, sem glamour. Nossos jovens precisam aprender a lidar com o fracasso. Não adianta tentar impedir.
Ele tem que aprender a transformar as perdas dele em vitória, mas a família, a sociedade, as pessoas querem cercar de tal forma para que o jovem não sofra que acaba não preparando”, diz.