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⭐ Piracicaba, 21 de abril de 2025 ⭐

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Maika Celi fala sobtre o Dia Mundial do Vitiligo

Maika Celi - Vitiligo Meu Lugar ao Sol

Vitiligo é uma doença autoimune, não contagiosa, que afeta 1% da população mundial e 0,5% da brasileira

Dia 25 de junho foi comemorado o Dia Mundial do Vitiligo. O vitiligo é caracterizado pela perda da coloração da pele em virtude da destruição dos melanócitos, que são as células que formam a melanina, o pigmento que dá cor à pele. O resultado são manchas brancas pelo corpo, de tamanhos variados. A data busca conscientizar e minimizar o preconceito sobre essa doença genética, não contagiosa, que afeta 1% da população mundial e 0,5% da brasileira.

Vitiligo é uma doença autoimune, ou seja, os melanócitos que são responsáveis pela melanina da nossa pele se autodestroem, caracterizando as manchas brancas, que nada mais é do que a despigmentação da nossa pele”, diz Maika Celi, ativista e idealizadora do projeto Vitiligo – Meu Lugar ao Sol.

Maika Celi - Vitiligo Meu Lugar ao Sol

As causas da doença ainda não são totalmente conhecidas, mas a genética, exposição solar ou química, alterações autoimunes, condições emocionais de estresse e traumas psicológicos podem desencadear o surgimento ou agravamento do vitiligo.

O vitiligo se desenvolve por vários fatores, entre eles o fator genético. A pessoa nasce com essa predisposição, que pode se desenvolver por meio de uma lesão na pele, ou mesmo fundo emocional. O fundo emocional é o que mais desencadeia a doença. Relatos científicos confirmam essa informação ao afirmarem que o vitiligo pode ter início após algum trauma, algo que desestabilize o emocional da pessoa”, conta Maika.

Há 20 anos com vitiligo e estudiosa do assunto, Maika afirma que vitiligo não tem cura. De acordo com a ativista, o tratamento pode proporcionar um controle da doença, assim como outras doenças autoimunes, como doença da tireóide, diabetes, lúpus, psoríase.

Preconceito

Primeiramente é muito importante ressaltar que vitiligo não é transmissível, mas a falta de informação ainda causa muito preconceito. “O Dia Mundial da Conscientização do Vitiligo é muito importante para podermos abordar e desmistificar esse tipo de especulação. A falta da informação é um dos motivos pelo qual as pessoas agem com preconceito, que acontece, muitas vezes sem querer. São abordagens agressivas e inconvenientes, como: Você não vai se livrar disso? Isso pega? Você vai ficar igual ao Michael Jackson! São algumas atitudes que nos fazem sofrer. Dependendo do grau de aceitação dessa mulher, se ela não está bem consigo mesma e recebe um comentário deste tipo, este pode destruir totalmente um trabalho psicológico que pode estar sendo feito”, esclarece Maika.

Vitiligo – Meu Lugar ao Sol

Idealizadora do projeto Vitiligo – Meu Lugar ao Sol, Maika conta que a iniciativa nasceu após sofrer assedio moral na empresa em que trabalhava. “Eu sofri assédio e por conta dessa revolta acabei desabafando nas redes sociais e criei uma página para trocar experiências, só não imaginava que iria tomar uma proporção tão grande como está hoje”. Para a surpresa e alegria de todos, principalmente da ativista, o projeto conquistou a primeira lei de conscientização sobre o vitiligo no Brasil. “Eu fui a mentora dessa lei, de autoria  do vereador André Bandeira. É motivo de muito orgulho levar essa lei para todos os lugares, tem sido muito gratificante”.

O projeto também realiza palestras, eventos voltados a conscientização do vitiligo, rodas de conversa, workshops que trabalha a autoestima e o empoderamento das mulheres com vitiligo.

Atualmente, como o projeto não pode atuar de forma física por conta da pandemia, estou fazendo um movimento no instagram  @vitiligo.meulugaraosol, que é uma exposição virtual  em que recebo fotos de pessoas com vitiligo para expor e dar voz as pessoas que se sentem retraídas. Faremos também um circuito de lives com várias pessoas, entre elas os artistas  Luíza Brunet e Carlinhos de Jesus, que possuem vitiligo. Neste contexto, eles passam por essas lives deixando mensagens de empoderamento, de amor próprio, de aceitação, de superação”.

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