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⭐ Piracicaba, 6 de novembro de 2024 ⭐

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Dubladora da Personagem Ping, do Longa “A menina e o Dragão” fala com exclusividade para o PiraCult

Uma jovem de 17 anos que já se destaca como uma das principais promessas da dublagem e da atuação no Brasil.

Moradora de São Paulo, Bella Chiang iniciou sua trajetória artística ainda criança, passando pelo teatro musical e pelas artes cênicas, o que a levou a grandes conquistas em sua carreira. Recentemente, ela emprestou sua voz à personagem Ping no aguardado filme “A Menina e o Dragão”, que estreou ontem nos cinemas.

Além da dublagem, Bella também participou da novela “Poliana Moça” e de outras produções de destaque, como a série “Escola de Gênios”. Durante a pandemia, ela surpreendeu o público ao se destacar como criadora de conteúdo de maquiagem no Instagram, unindo sua paixão pela arte com a criação digital.

Em entrevista exclusiva à PiraCult, ela compartilha detalhes sobre sua carreira, seus desafios e os planos para o futuro, incluindo o desejo de estudar no exterior, sempre conciliando sua vida artística com a acadêmica.

 

PiraCult: Você acabou de dublar a Ping em “A Menina e o Dragão”, que teve a pré-estreia ontem (sábado, 14) nos cinemas. Como foi dar voz a essa personagem em um filme tão aguardado? O que mais te cativou na história?

Foi uma honra dar voz para a Ping, uma personagem tão corajosa e destemida! A mensagem do filme é, sem dúvida, uma das mais bonitas possíveis. O que mais me cativou foi a evolução da Ping ao longo da história, algo visível na sua performance madura. No início, ela é de um jeito, e no final, já é outra pessoa. A frase “Nunca duvide do poder de uma garota” está estampada no filme, e, se pensarmos bem, é um tema muito profundo e necessário.

PiraCult: Você mencionou que a dublagem de “A Menina e o Dragão” foi realizada em apenas três dias. Como foi esse processo intenso de gravação, e como você se preparou para dar vida à protagonista Ping em um período tão curto?

Na verdade, foram dois dias de gravação super intensos, com uma carga horária bem pesada, mas tive uma semana de pausa entre um dia e o outro. O filme tem cenas que exigem muito da minha personagem e, consequentemente, da minha voz. O trabalho foi muito moldado em parceria com o diretor, sempre buscando a melhor forma de expressar cada fala. Além disso, fiz várias preparações vocais, como hidratação das cordas vocais e exercícios de articulação.

PiraCult: Além da dublagem, você também tem uma carreira como atriz, tendo participado da novela “Poliana Moça”. Como você equilibra essas diferentes facetas da sua carreira artística, e o que você aprende em cada uma delas que te ajuda na outra?

Com certeza, uma área ajuda a outra! Minha carreira como atriz me permitiu explorar diversas nuances da minha voz, o que foi útil durante o processo criativo da Ping e de outras personagens que já dublagem. Sou apaixonada pelo que faço, e vejo a atuação e a dublagem como dois eixos complementares da mesma área. No entanto, quando sou atriz, tenho mais liberdade para expressões e emoções, já que recebo um roteiro com as características da personagem. Como dubladora, é mais limitado, pois estou acompanhando uma personagem que já existe, com suas próprias emoções e sensações. O desafio é seguir o que já foi criado na tela.

PiraCult: Você começou sua jornada artística muito cedo, descobrindo o teatro musical e as artes cênicas ainda criança. Como essas experiências moldaram seu caminho e te ajudaram a alcançar trabalhos importantes como “Escola de Gênios” e agora “A Menina e o Dragão”?

Aprender não tem limites, mas, embora meu foco atualmente não esteja no teatro ou teatro musical, esses foram anos importantes na minha vida. Eles me ajudaram a conhecer meu corpo, minha voz e suas diferentes possibilidades. Olhando para trás, percebo o quanto foi essencial superar minha timidez antes de entrar no teatro, pois eu jamais conseguiria atingir as expectativas dessa área sem essa experiência. As artes cênicas foram meu primeiro contato com o cinema, e me apaixonei. Pretendo me especializar futuramente. Esses estudos do passado me ajudaram a alcançar sonhos como “Escola de Gênios” e “A Menina e o Dragão”. Essa área é extremamente competitiva, e muitos pensam que estudar não vale a pena, mas estão muito enganados (risos).

PiraCult: Durante a pandemia, você se destacou como criadora de conteúdo de maquiagem no Instagram, especialmente com vídeos de transição e maquiagem artística. Como você vê essa conexão entre a maquiagem artística e sua atuação e dublagem?

São nichos ligados à arte, mas a criação de conteúdo é algo à parte. Sem dúvidas, ela me dá total liberdade criativa para fazer o que quiser e também me mantém ativa nas redes sociais, permitindo que as pessoas acompanhem meu trabalho.

PiraCult: Você já fez dublagens em grandes produções como “O Rei Macaco” e “Divertida Mente 2”. O que mais te atrai no mundo da dublagem, e como você se sente ao poder emprestar sua voz a personagens tão diversos?

O que mais me encanta é o fato de uma única voz dar vida a personagens tão diferentes! Claro que a voz muda um pouco de personagem para personagem, dependendo de fatores como a idade, por exemplo, mas o fato de eu estar representando personagens asiáticos na dublagem é algo extraordinário para minha carreira. É uma conquista pessoal, pois sinto que a representatividade asiática está cada vez mais em evidência.

PiraCult: Com 17 anos, você já conquistou muito, mas também está focada nos estudos, com planos de estudar fora. Como você equilibra sua carreira artística com os desafios de uma educação exigente e os preparativos para estudar no exterior?

Essa é uma excelente pergunta. Assim como quero me profissionalizar na minha carreira, preciso que os estudos me acompanhem. Sempre fui muito estudiosa e organizada com minhas responsabilidades. Essa consciência me permitiu administrar meu tempo de acordo com as prioridades. Alguns dias, a escola e os estudos estarão em primeiro lugar; em outros, será a carreira e o trabalho.