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⭐ Piracicaba, 28 de maio de 2025 ⭐

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Como fazer as escolhas certas para a sala de jantar

Cristiane Schiavoni - Foto Carlos Piratininga8

A arquiteta Cristiane Schiavoni faz um check list sobre os itens do ambiente para esmiuçar os detalhes que devem ser observados no projeto

No projeto de interiores, é comum que cada ambiente seja acompanhado por uma lista de referências e dilemas que o profissional de arquitetura precisa elucidar com o cliente. E essa realidade também se faz presente na sala de jantar, mais especialmente para a composição da mesa com as cadeiras.

“Avançando a questão do formato, uma dúvida muito comum diz respeito ao material tampo”, revela a arquiteta Cristiane Schiavoni, à frente do seu escritório homônimo, que enumera também a inclusão de um buffet e um elemento, para muitos, controverso: o tapete.

De acordo com ela, a resposta é individual e vem de acordo com o seu entendimento mediante o perfil do morador e o uso que será dado à sala. Acompanhe os pontos listados e as orientações que a ajudam na escolha segura do mobiliário:

Qual o melhor tampo? Depende do uso

Para Cristiane, no que diz respeito ao tampo da mesa, não existe um material único para todos os projetos e essa decisão vem de encontro, além da estética, com demandas como resistência, praticidade e manutenção – critérios que variam bastante conforme o tipo de acabamento. Entre os mais empregados estão a madeira, vidro, pedra natural, pedra sintética e laqueado.

Escolha bastante frequente por seu visual leve, facilidade de limpeza e por não absorver líquidos, a profissional exalta a praticidade do vidro, mas entrega seus ‘poréns’: para as pessoas mais detalhistas, o fato de marcar a presença de gordura e impressões digitais é um ponto negativo.

Se for para ficar limpando constantemente, o vidro não serve, pois ninguém pode ficar refém de nunca descuidar, avalia a profissional, que entrega outra observância: se o vidro não for temperado, torna-se um problema receber panela e travessas quentes sobre sua superfície.

Confortável ao toque e esteticamente acolhedor, o tampo de madeira natural traz sofisticação, mas exige atenção, pois manchas de copo e de gordura marcam a superfície com facilidade.

“Quem tem crianças adoram fazer seus desenhos em qualquer lugar, os movimentos lápis e caneta no papel podem ficar eternizados”, adverte Cristiane.

Apesar desses contras, os pontos positivos são que a madeira não acumula marcas como o vidro e agrada quando o intuito é atribuir aconchego.

Granitos e mármores estão entre as opções mais duráveis, especialmente quando se trata de riscos e temperatura. Algumas pedras permitem, inclusive, o uso direto de travessas quentes sobre o tampo. No entanto, a profissional argumenta que sua resistência às manchas varia conforme a porosidade: algumas absorvem líquidos com facilidade e exigem manutenção constante.

Com um acabamento moderno e disponível em diversas cores, o tampo laqueado abrange liberdade estética, entretanto Cristiane revela que ele é propenso a riscos e menos resistente ao calor, o que exige uma rotina de uso mais cuidadosa.

Cadeiras: conforto, ergonomia e atenção ao layout

Sobre a definição das cadeiras, a arquiteta é defensora da ergonomia e indica que o vão entre o assento e a mesa deve ser de, aproximadamente, 30 cm.

Fora dessa referência, a experiência de uso será desconfortável”, explica

Outro ponto de atenção é a circulação, pois cadeiras com pés muito abertos representam um risco, especialmente se estiverem posicionadas próximas a corredores ou áreas de passagem. “Muitas vezes o pé ultrapassa o encosto da cadeira e a gente nem percebe. Assim, uma pessoa tropeça e nem entende o porquê”, diz.

Buffet: item funcional, mas não obrigatório

O buffet é associado à sala de jantar, mas a arquiteta garante que ele não é uma regra.

 “Ele tem função de apoio para servir as refeições e espaço de armazenamento para acomodar a louça usada em ocasiões especiais. Mas nada impede que esses itens estejam em outro local para que o ambiente ganhe esse espaço”, orienta.

Tapete sob a mesa: charme ou armadilha?

Visualmente, o tapete aquece e valoriza a sala de jantar, todavia, antes de incluir no projeto, Cristiane imprime seu olhar prático.

“Comida cai no chão, seja por crianças ou adultos. Por isso, o tapete precisa ser de fácil limpeza”, afirma. Em determinadas situações, o uso do tapete é sim necessário — como em casas frias, para ajudar no conforto térmico. Já indiquei tapete em uma sala sem entrada de luz natural. Ficou aconchegante e resolveu o problema da temperatura”, recorda-se.

Fotos: Carlos Piratininga

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