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⭐ Piracicaba, 15 de junho de 2025 ⭐

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Feminicídio de Carolina Jorge Dini tem primeira audiência nesta segunda

Audiência Feminicídio de Carolina Jorge Dini

Anderson dos Santos  Andrade e testemunhas de acusação e defesa serão ouvidas pelo juiz Luiz Antonio Cunha

A Vara do Júri e Execuções Criminais de Piracicaba realiza nesta segunda-feira (08), às 14h30, a primeira audiência do caso de feminicídio em que foi vítima Carolina Jorge Dini, de 40 anos, no dia 24 de março deste ano, uma quinta-feira.

O ex-marido de Carolina, Anderson dos Santos Andrade, de 39 anos, está preso em Guarulhos, acusado pelo crime de homicídio com cinco qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, crime contra mulher (feminicídio) e crime cometido em descumprimento de medida protetiva. A denúncia foi oferecida pelo promotor de Justiça, Aloísio Maciel Neto. O preso será ouvido virtualmente. Além dele, serão ouvidas dez testemunhas de acusação e duas de defesa.

Audiência Feminicídio de Carolina Jorge Dini
Jussara Oda Moretti é a advogada da família da vítima do crime, Carolina Jorge Dini

A advogada da família da vítima e assistente de acusação, Jussara Oda Moretti, explicou que essa audiência é para decidir a formação de culpa.

Será analisada a materialidade do crime e os indícios de autoria”, disse.

Na audiência serão ouvidas testemunhas, da acusação, da defesa e o próprio réu.

A expectativa é que Andrade seja levado a júri popular, mas essa decisão pode não sair ainda nesta segunda-feira.

É uma audiência una, inicia e encerra ali”, disse o juiz Luiz Antonio Cunha, titular da Vara do Júri e Execuções Criminais.

Nesse tipo de audiência, toda a colheita de prova oral se dará na mesma audiência.

Mas poderá ser convertida em memoriais, que são peças escritas”, explicou.

O crime

Anderson dos Santos Andrade está preso desde 30 de março. Ele foi acusado de ter matado a ex-mulher Carolina Dini Jorge, de 41 anos, no fim da tarde de quinta-feira, 24 de março. Foi preso uma semana depois, na quarta-feira, dia 30 de março, pela Polícia Civil do Estado de São Paulo, em um trabalho que contou com apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

O acusado estava escondido em uma comunidade do Complexo da Penha no Rio de Janeiro e foi localizado quando tentava obter documento falso. Havia um mandado de prisão temporária expedido para ele pela Vara do Júri e Execuções Criminais.

O criminoso estava foragido desde que cometeu o crime.  O assassinato ocorreu na rua Ajudante Albano, altura do número 750, bairro São Dimas. Carolina foi buscar a filha na Escola Estadual Honorato Faustino, quando, ao descer do carro, um Chevrolet Prisma, foi atacada pelo ex-marido. Ela voltou para dentro do veículo, mas ele conseguiu abrir a portar e entrar no carro, onde cometeu o crime. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ser acionado, mas a mulher morreu no local. Carolina deixou um filho e uma filha, a mãe e irmãos. O casal estava separado e audiência de divórcio estava marcada para o dia seguinte.

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