É o maior lote de restituição da história de Piracicaba e o maior da história do País; mais de 30 mil contribuintes serão contemplados
A Receita Federal paga nesta terça-feira (30) o maior lote de restituições da sua história. É também o maior lote de restituições pago na região sob jurisdição da Delegacia da Receita Federal de Piracicaba. O pagamento ocorre no dia do encerramento do período de entrega das Declarações do Imposto de Renda das Pessoas Físicas/2020.
De acordo com o órgão, serão pagos R$ 40,3 milhões para 30.970 contribuintes na área de abrangência de Piracicaba. Esse é o lote de número 2. O número de contribuintes beneficiados, no entanto, não é o maior. Em setembro de 2019, foram pagos R$ 37,2 milhões para 39.092 contribuintes.
Em todo o País, o crédito bancário será para 3.306.644 contribuintes e o valor total será de R$ 5,7 bilhões.
Desse valor, R$ 3.977.524.881,99 referem-se ao quantitativo de contribuintes que tem prioridade legal, sendo 54.047 contribuintes idosos acima de 80 anos, 1.186.406 contribuintes entre 60 e 79 anos, 89.068 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 937.234 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.
Foram contemplados ainda mais de 1 milhão de contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 4 de março. Os lotes foram reduzidos de sete para cinco. O primeiro lote foi pago em 29 de maio.
Entrega
O prazo para a entrega da declaração termina no dia 30 de junho. O volume esperado é de 32 milhões de documentos. A Receita alerta para que os contribuintes não deixem a entrega para última hora. Se perder o prazo, estará sujeito ao pagamento de multa mínima de R$ 165,74 e máxima de 20% do imposto devido.
Para presidente da Acipi fechamento do comércio é desanimador
A mega restituição do Imposto de Renda, aliado ao pagamento do auxílio emergencial seriam peças importantes no processo de retomada da atividade econômica. O retorno à fase vermelha, porém, aumenta a preocupação com a situação do empresário e do trabalhador. A avaliação é do presidente da Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba) Luiz Carlos Furtuoso. Ele entende que resta pedir a colaboração do piracicabano para que o distanciamento social seja respeitado e, assim, na próxima análise, a cidade volte, pelo menos, à fase laranja.
É um desânimo em geral. Tem impacto muito forte nas atividades, na empresa e para o trabalhador. As empresas não suportam mais tanto tempo fechadas”, disse.
Para Furtuoso, o governo errou a mão ao determinar o fechamento de vários serviços no dia 24 de março, quando o número de casos era bem menor.
Agora estamos há 90 dias fechados com número maior de casos. Isso significa que ele errou a mão, devia ter fechado as cidades onde tinha problema, e onde não tinha deveria deixar funcionar. Agora, como faz, nós vamos ficar, no total 110 dias com as empresas paradas. Isso tem um impacto muito grande”, disse.
Nesse momento, porém, o presidente da Acipi pede a colaboração da população para que o distanciamento social seja respeitado. “Nós pedimos para a população, mais uma vez, fazer o sacrifício, evitar aglomerações, para que possamos voltar as atividades. A nossa preocupação é muito grande. O impacto na saúde e na vida das pessoas é muito grande”, disse.
