Especialista em finanças dá 5 dicas para poupar e investir a longo prazo
O Governo Federal começou a pagar, na última semana, o abono salarial PIS/Pasep para 3,9 milhões de trabalhadores nascidos nos meses de julho e agosto. O valor do benefício é de até R$ 1.320, o equivalente ao salário mínimo atual, e será proporcional ao período em que o trabalhador esteve empregado com carteira assinada em 2021. Este momento é uma excelente oportunidade para se organizar e quem sabe investir uma parte dessa quantia, garantindo a reserva financeira.
Segundo Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal 100% online, é necessário que os brasileiros comecem a observar seu consumo e mudar hábitos. “É um momento propício para reorganizar suas contas e redefinir prioridades. Uma vez que este dinheiro entra como um extra, é uma excelente oportunidade para começar a investir com segurança, mesmo com pouco”, sugere Thaíne.
A especialista separou algumas dicas com incentivos para começar a se capitalizar, seja com a quantia que for. Confira:
1. Defina um objetivo ou tenha um bom motivo
Estabeleça o motivo pelo qual está poupando e entenda que poupar é abrir mão de certos “luxos” com o intuito de guardar um dinheiro a mais no final do mês, como possível garantia de conforto para um futuro breve ou de longo prazo. Seu objetivo pode ser comprar um carro, uma casa, fazer uma viagem ou simplesmente guardar pensando em uma reserva de emergência.
2. Tenha consciência do seu gasto fixo mensal
Ao começar o mês, já coloque na ponta do lápis os gastos essenciais mensais. Calcule também o quanto pode usar em 4 semanas para diversão e já tire o restante da conta corrente para não ter o risco de usar. Uma vez com essas anotações, passa a ser possível analisar se consegue cortar alguns desses gastos ou adiá-los, ajudando a juntar ainda mais a cada mês.
3. Defina um valor mensal para poupar
Depois de registrar as contas fixas, estabeleça um valor mensal confortável para retirar e, se possível, investir. Não importa se forem apenas 50 reais, o importante é se educar e criar o hábito de poupar impreterivelmente todo mês. Se for possível reservar uma quantia além do valor estabelecido, melhor ainda. O que não pode acontecer é não reservar ou reservar menos do que o combinado consigo mesmo. Pense nele como uma dívida pessoal, com a diferença que este montante estará rendendo e se acumulando para você ao longo do tempo.
4. Faça um investimento
Não é recomendável guardar dinheiro vivo na gaveta ou separar uma conta poupança. Na gaveta, ele perde seu valor; na poupança, o rendimento é muito pequeno, geralmente abaixo da própria desvalorização da moeda. Mesmo assim, se essa for a alternativa mais acessível, já é melhor do que não guardar absolutamente nada.
O mais recomendado é fazer um investimento. Para isso, avalie seu perfil de investidor com um profissional da área, que irá te instruir sobre aportes seguros e acessíveis. A ideia é aplicar o dinheiro assim que receber a renda mensal.
5. Não crie novas dívidas e evite cartões de crédito
Policie-se para não incluir um novo gasto mensal desnecessário que coloque em risco o investimento estabelecido, ou, ainda pior, que se transforme em uma dívida. Além disso, evite ter o cartão de crédito como uma opção de fácil acesso. Assim, não se perde o controle daqueles gastos mensais registrados. A ideia é separar o dinheiro de cada data, conta ou “evento” e manter esse compromisso com você mesmo de maneira consistente e habitual.