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⭐ Piracicaba, 3 de junho de 2025 ⭐

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Comerciantes de Piracicaba relatam prejuízos de até 70% com interdições na SP-304

FOTO: Reprodução/EPTV

Obras para construção de viadutos bloqueiam acessos à região de Santa Terezinha e causam queda no movimento, afetando negócios e até o atendimento de emergências

Desde o fechamento dos acessos aos bairros Monte Rei, Parque Piracicaba e Santa Terezinha, devido às obras nos quilômetros 169 e 171 da Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304), comerciantes da região enfrentam prejuízos significativos.

Relatos apontam queda de até 70% na clientela e redução drástica nas vendas e nas entregas.

As obras, com investimento de R$ 30 milhões, têm previsão de durar um ano e meio, e visam a construção de dois viadutos para melhorar o tráfego e reduzir acidentes.

Apesar de reconhecerem a importância da intervenção, comerciantes e moradores criticam os desvios e interdições, que estariam isolando a região e dificultando até mesmo o acesso de serviços como o Samu.

Entre os mais afetados está o comerciante Leonildo Bilancheri, dono de uma loja de materiais de construção, que afirma não conseguir mais pagar contas e teme precisar encerrar o negócio.

Situação parecida vive o empresário Antônio Carvalho da Fonseca, que registrou queda de 40% nas vendas em seu depósito de bebidas.

Daniele Martins de Oliveira, dona de uma lanchonete, também viu a rotina ser afetada.

Com o novo trajeto, as entregas que antes duravam cinco minutos agora levam até 40, comprometendo a qualidade dos produtos.

Já o borracheiro Felipe Borges relata que passou de atender 20 carros por dia para apenas cinco.

A crise atinge ainda comerciantes como Zilma Almeida, dona de uma papelaria que mal consegue cobrir os custos básicos do negócio.

E vai além da economia: há relatos de atrasos no atendimento médico.

A empresária Ana Laura Medina Nogueira Justino relembra que seu pai, em tratamento contra o câncer, ficou preso no trânsito enquanto aguardava socorro do Samu.

A situação acende um alerta para o impacto social das obras de infraestrutura quando não há planejamento adequado de rotas alternativas e comunicação eficaz com a população local.

 

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