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⭐ Piracicaba, 28 de novembro de 2024 ⭐

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Guarda Civil Educação é Prevenção completa 10 anos

Equipe durante uma das aulas Fabio Lisboa

O Programa GCEP (Guarda Civil Educação é Prevenção) completou 10 anos de existência no domingo (02). Iniciado em um piloto na EM Professora Edilene Marli Borghese, no Parque dos Eucaliptos, o programa chega a uma década com atendimento de 6.120 crianças, de 35 escolas municipais e 1.100 pais em palestras direcionadas.

Desenvolvido pelo Pelotão Escolar da Guarda Civil, o programa ministra aulas semanais por quatro meses, abordando temáticas importantes e sensíveis como bullying, ciberbullying, drogas, violência doméstica, gravidez na adolescência, abuso sexual, vandalismo, perigos da internet, dicas de segurança, trânsito e maus-tratos aos animais. O programa também beneficia adolescentes de Escolas Estaduais por meio de palestras direcionadas e rodas de conversa. Este ano, 700 adolescentes prestigiaram o conteúdo levado pela Guarda as suas escolas.

Para o prefeito Luciano Almeida, o GCEP é uma iniciativa que deve ser comemorada. “É uma iniciativa maravilhosa do Pelotão Escolar, por meio da qual passa uma mensagem importante para as crianças que estão em formação. É uma integração dos alunos com a nossa corporação, com a nossa Prefeitura e com os pais. E esta integração é fundamental para a formação destas crianças”, afirma.

Desde sua criação, o programa foi aperfeiçoado, com aprimoramento gradativo do material didático e da formação das guardas educadoras, que se especializaram em abordar temáticas variadas em uma linguagem própria e acessível à faixa etária contemplada. De acordo com Alice Silva, coordenadora do Pelotão Escolar, este aprimoramento do recurso humano permite perceber a evolução das crianças do início ao fim do período. “Desde seu início, o programa GCEP vem evoluindo não somente na questão do material disponibilizado às crianças, mas também na capacitação das guardas educadoras, que realizaram pós-graduação e cursos envolvendo os temas trabalhados. Desse modo, somos capazes de perceber como é a evolução do início, nas primeiras aulas, até o final, depois de quatro meses de convivência. Elas melhoram sua percepção de mundo, o respeito ao próximo, a dizer ‘não’ ao que não é legal e aprendem como ser um multiplicador mirim. Desse modo podem transmitir o que aprenderam às pessoas de seu convívio, como a família, seus vizinhos, a comunidade”, pontua.

IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO – Nestes anos de realização, a informação bem disseminada permitiu que crianças e adolescentes conhecessem os caminhos sobre os assuntos mencionados e pudessem realizar escolhas certas para uma vida adulta feliz e segura, conforme afirma o comandante da Corporação, Sidney Miguel da Silva Nunes “A disseminação de informações corretas sempre é uma ferramenta de prevenção. Abordar assuntos importantes como drogas, abuso sexual, violência contra mulher permite que as crianças conheçam o caminho certo a seguir e o que fazer quando estão diante de algumas destas situações”, afirma Nunes.

É o que também acredita Andréia Enedina Bettoni Colete, diretora da EM Adolfo Basile, beneficiada no primeiro semestre. “Hoje em dia nós temos a tecnologia de fácil acesso: aperta um botãozinho do celular e você encontra qualquer conteúdo. Mas que tipo de conteúdo? Na escola nós conseguimos abordar os assuntos e mostrar a real situação. Aqui são informações precisas, que a gente pesquisa junto com eles, segundo o interesse deles e eles têm a real informação, porque fake news e distorção de informações a gente sabe que tem de monte. E o momento deles é agora, que estão na escola, para ter esse conteúdo, aprender a ter este discernimento para depois, futuramente, saberem que caminho querem seguir”, relata a diretora.

MUDANÇA DE PARADIGMA – A presença da Guarda Civil nas escolas desmistifica um pensamento sobre um papel meramente punitivo da corporação. “No início das aulas, eles ficam receosos, porque a visão que têm da força de segurança pública é uma visão mais punitiva. Mas, com o tempo, com o decorrer das aulas, eles percebem que nosso intuito é da prevenção, então há esta aproximação e uma mudança deste pensamento punitivo para o educativo e há esta empatia das crianças conosco”, explica Alice.

GRATIDÃO – Kauany Pereira dos Santos, aluna da EM Adolfo Basile, e Irene, sua mãe, são só gratidão pela passagem do GCEP na trajetória delas. “Este projeto é muito importante. Minha filha sempre chegava em casa falando das palestras. Particularmente, para a nossa família, eu tenho muita gratidão. Nós estávamos passando por momentos complicados, a cabeça dela estava uma bagunça. Aí ela assistiu as palestras, assistiu aos vídeos e fez um ‘boom’ na cabeça dela. Ela ficou mais confiante, conseguiu lidar com os conflitos e, por isso, eu tenho muita gratidão”, frisou Irene.

“O Gcep foi muito importante para mim, me ajudou em várias coisas, a entender. Eu gostei muito do tema sobre maus-tratos aos animais e sobre drogas. Tudo que o GCEP ensinou eu vou passar para os outros, vou levar para minha vida e nunca vou esquecer. Obrigada GCEP”, declarou Kauany.

Gratidão também é o sentimento do subinspetor Narzi Alves Novaes, que gestou o programa. “Como um dos idealizadores do GCEP, eu fico feliz em ver ele se tornar uma política pública duradoura e estruturada”.

COMO TER O GCEP NA ESCOLA? – Para que uma escola seja contemplada, a direção escolar deve formalizar o desejo por meio de ofício por e-mail ao comando da corporação, que defere ou não levando em conta a demanda. O e-mail da Guarda Civil é gcm@piracicaba.sp.gov.br.