Nas modalidades de Ensino Fundamental e na pré-escola, a demanda do município é 100% atendida
Piracicaba, uma cidade reconhecida por seu compromisso com a excelência educacional, registrou um aumento de 1.047 novas vagas nas escolas da Rede Municipal de Educação, elevando o total de alunos matriculados de 36.155 no ano passado para 37.202 em 2024, fortalecendo o compromisso em atender as demandas do município.
Os dados são do Departamento de Planejamento da Secretaria Municipal de Educação, e destacam ainda que, atualmente, a cidade atende integralmente a demanda do Ensino Fundamental e da pré-escola, reforçando sua posição como referência.
No Ensino Fundamental, que abrange crianças de seis a 10 anos de idade, a demanda do município é totalmente atendida, com 18.339 matrículas no total. Deste total, 1.213 vagas foram criadas no período integral e 17.126 no parcial.
Considerando os dados referentes ao ano de 2020, houve um acréscimo significativo de 1.112 novas matrículas no Ensino Fundamental, elevando o número de alunos de 17.227 no ano acima referido para os atuais 18.339 em 2024.
Segundo informações do Departamento de Planejamento, as novas matrículas estão diluídas em todas as séries/anos, e parte desse aumento pode ser atribuída à migração de alunos das escolas particulares para as escolas municipais, evidenciando a qualidade do ensino público.
O caso de Andreia Elisabete Pacini Silva, 43, se enquadra neste cenário. Ela é mãe de Eduarda, de 10 anos, e João Pedro, de 1 ano e 4 meses, que estudam em escolas da rede municipal, e de Victória, de 11 anos, matriculada na rede estadual. Ela ressalta a equiparação de qualidade entre a rede pública e as escolas particulares. “A metodologia usada na rede pública é tão boa quanto a utilizada nas escolas particulares. As apostilas são excelentes e os materiais complementares também. Fora isso, o que surpreende é o acesso aos professores, que são mais próximos não apenas dos alunos, mas das famílias.”
Ela destacou que as filhas estudaram em escola particular durante a pré-escola, e quando decidiu mudá-las, levou em consideração a pontuação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que faz um ranqueamento das instituições. “O Ideb é uma ótima referência para quem está cogitando a mudança. Além disso, os professores da rede pública recebem formação continuada, o que faz com estejam atualizados sobre as metodologias de ensino. Meus filhos têm diferentes perfis de educadoras, todas muito boas.”
ETI – No caso do programa de Escola em Tempo Integral (ETI Pira), de 2023 para 2024 foram 379 vagas novas criadas, passando de 884 matrículas no ano passado para 1.263 vagas atualmente.
Implantado em abril de 2023, o programa ampliou o atendimento em período integral para alunos do 5º ano do Ensino Fundamental. Atualmente, 18 escolas oferecem essa modalidade de ensino, proporcionando aos alunos oficinas nos contraturnos, em parceria com a Selam (Secretaria de Esportes, Lazer e Atividades Motoras), e instituições como Senac, Sebrae, Pecege/Esalq/USP, Corpo de Bombeiros, Sicredi e Hyundai, além do suporte de professores referência.
EDUCAÇÃO INFANTIL – Nas pré-escolas, destinadas a crianças de 4 e 5 anos de idade, a demanda da cidade também é integralmente atendida, com 8.514 vagas em 2024, sendo 4.365 integrais e 4.149 parciais. O número de vagas no período integral aumentou em 153 em 2024 na comparação com o ano anterior.
Na Educação Infantil, que abrange crianças de zero a 3 anos, foram criadas 356 novas vagas, das quais 316 são integrais. No total, as escolas municipais oferecem atualmente 10.409 vagas para esta faixa etária e mensalmente as vagas ociosas são oferecidas à população por meio do site da Secretaria de Educação. “Essas vagas são informadas às famílias interessadas nos cinco primeiros dias úteis dos meses de fevereiro a setembro, pelo link http://educacao.piracicaba.sp.gov.br/relacoes-de-vagas/, e os interessados em concorrer à vaga devem procurar a escola que melhor atenda suas necessidades para fazer sua inscrição”, explica a responsável pelo Departamento de Planejamento da SME, Maria Isabel Barbosa.
DIFERENCIAIS – No caso da educação infantil, Andreia destaca a experiência que tem com o filho caçula que está matriculado na creche da Escola Municipal Prof. Hélio Casale Padovani. Ela ressalta o acolhimento dos professores durante o período de transição de escolas.
“Recebi um relatório de evolução do meu filho que está na creche feito pela professora, o que comprova a atenção, observação e cuidado da escola com as crianças. Fora isso, sinto que elas são incentivadas a serem mais independentes desde cedo. No momento da alimentação, os cadeirões que as crianças se sentam para comer incentiva a autonomia e interfere inclusive no desenvolvimento motor. E somado a isso, tem a qualidade da merenda ofertada, com alimentos balanceados”. Andreia ressalta que a boa experiência fez com que ela decidisse deixar os filhos na rede pública. “Outra diferença que eu percebi foi referente ao consumismo desenfreado. Existe uma pressão que, por vezes, surge entre as próprias crianças, por aniversário em bufê e brinquedos caros. Isso fica em um lugar secundário nas escolas públicas, e o foco acaba sendo na troca de conhecimento e nas atividades desenvolvidas em sala.”
A qualidade e o acolhimento oferecidos pelas escolas da rede municipal de Piracicaba também são destacados pela dona de casa Maria das Graças Costa e Silva, mãe de Heitor Silva Maichaki, de 7 anos, aluno do 2º ano do Ensino Fundamental na rede municipal. Apesar de ter tido bastante receio no começo, visto que o filho foi diagnosticado com autismo, ela conta que mudou Heitor de uma escola particular para a rede pública no ano passado e relata uma boa experiência. “O mais importante para mim é que as crianças são tratadas como iguais, não existe diferença. Depois de uma experiência muito ruim em uma escola particular, onde ele ficava em uma sala bem menor, mas era isolado das outras crianças, fomos muito bem recebidos e hoje o Heitor vem para a escola feliz.”
Maria destaca a qualidade do material usado pelo filho em sala de aula e o uniforme como elementos que a surpreenderam quando fez a transição de escola do filho. “Ele leva material para casa para fazer as tarefas e me mostra orgulhoso as apostilas. O conteúdo é muito bom, e não fica atrás do que ele utilizava antes. Fora isso, o uniforme permite que os alunos se concentrem mais no aprendizado e se distraiam menos com questões relacionadas à aparência ou estilo de vestir, pois todos estão vestidos iguais.”
