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Como a educação ambiental pode contribuir para a preservação dos oceanos

Estima-se que 80% dos plásticos presentes nos mares sejam originários da gestão incorreta do lixo urbano, das indústrias e dos comércios*

O último dia 26 de setembro é dedicado internacionalmente ao Dia do Mar, que tem como principal objetivo alertar a população global sobre a importância dos oceanos e todo o seu ecossistema. Com a data, a Organização das Nações Unidas (ONU), responsável por sua criação, também busca promover a conscientização e mobilização de pessoas e empresas para a proteção dos oceanos dos resíduos gerados pela poluição humana. Isso porque estima-se que 80% dos plásticos presentes nos mares sejam originários da gestão incorreta do lixo urbano, das indústrias e dos comércios.

Deste volume de poluição marinha, grande parte são embalagens que, em sua maioria, são feitas de plástico, como sacolas, canudos e outras embalagens como as de alimentos. Por serem de difícil revalorização e custo de produção muito baixo, principalmente os plásticos flexíveis, esses materiais acabam não tendo destinação adequada e chegam aos oceanos, onde se acumulam ou acabam sendo ingeridos por animais marinhos e, consequentemente, pelo ser humano.

“Em filmes e documentários, vemos imagens assustadoras das chamadas ‘ilhas de lixo’, que são compostas, de maneira geral, por plásticos. Se as embalagens metálicas fossem usadas em maior escala, por exemplo, o volume de resíduos dessas ‘ilhas’ provavelmente seria infinitamente menor, visto que os metais são altamente recicláveis e reciclados de fato. Logo, um maior uso desse material em embalagens de alimentos, por exemplo, pode ser uma das opções para a diminuição das ilhas de lixo e, consequentemente, da poluição marítima. Lembrando que 80% de todo o aço produzido no mundo ainda está em uso”, defende Thais Fagury, presidente-executiva da Prolata Reciclagem, associação sem fins lucrativos criada para o cumprimento das políticas de resíduos sólidos.

Por isso, parte da conscientização em relação à poluição marinha deve passar pela diminuição do consumo de materiais envasados em embalagens que não são facilmente recicláveis, como é o caso do plástico, ou que não são possíveis de serem reutilizadas ou revalorizadas, como é o caso dos flexíveis.

“Uma forma de promover isso é por meio da educação ambiental. A partir do conhecimento passado nas escolas e para os jovens sobre a necessidade da reciclagem, de boas práticas e da logística reversa para resíduos, podemos fazer a diferença e começar a transformar o ambiente no qual estamos inseridos”, acrescenta Thais.

O Dia Mundial do Mar é uma data importante para reconhecer e apreciar a contribuição que a vida marinha tem para o ser humano, que vai desde a alimentação, com os peixes e algas, até o transporte e o turismo. Mas, acima disso, é um dia para que todos possamos cuidar melhor dos oceanos e garantir um ambiente marinho mais limpo e saudável.

Sobre a Prolata Reciclagem

Criada em 2012, a Prolata Reciclagem é uma associação sem fins lucrativos e uma iniciativa da Abeaço (Associação Brasileira de Embalagem de Aço), com apoio da ABRAFATI (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei no 12.305/10, e demais políticas.

O Programa encontra-se ativo nas cinco regiões do Brasil e possui o objetivo de estimular a reciclagem de latas de aço no país, gerar estatísticas confiáveis a respeito, abrir um canal direto com os consumidores, fomentar centros de reciclagem e parcerias com cooperativas de catadores, assim como valorizar o preço da sucata de aço para embalagens. Além disso, também investe em plataformas de comunicação e na educação da sociedade sobre o tema.

Foto: Banco de Imagem