“Com o menor risco geopolítico, o dólar pode se enfraquecer, favorecendo moedas emergentes como o real e atraindo mais investimentos para o Brasil.”, comenta Pedro Ros, CEO da Referência Capital.

“O fim da guerra traria impactos positivos para a economia global. Atualmente, o mundo já passa por um período de desaceleração da inflação, o que tem resultado na redução das taxas de juros em diversos países. Embora o Brasil siga na contramão, elevando os juros, o desfecho do conflito ainda teria reflexos diretos por aqui. Um dos principais fatores é a dependência brasileira dos fertilizantes russos, insumo essencial para a agroindústria. Além disso, a guerra encareceu o frete marítimo, e seu término poderia contribuir para a redução desses custos, beneficiando diversos setores da economia. Outro ponto relevante é o impacto no preço do petróleo. Já há projeções indicando que o barril pode chegar a US$ 65 no segundo semestre, o que, por si só, ajudaria a aliviar a inflação. Com o fim da guerra, a tendência de queda poderia se intensificar, trazendo ainda mais benefícios, dado o peso do petróleo na composição dos preços no Brasil. Esse cenário ganharia ainda mais importância em um momento de desaquecimento da economia brasileira, quando as discussões sobre o ciclo de alta da Selic já se voltam para o momento ideal de estabilização e corte dos juros. Assim, o fim da guerra poderia ser um fator determinante para o controle da inflação e a retomada do crescimento.”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.

“O fim do conflito traria maior estabilidade geopolítica, reduzindo incertezas nos mercados financeiros e favorecendo a recuperação econômica na região. Além disso, poderia resultar no alívio de sanções econômicas, impulsionando o comércio internacional e fortalecendo a cooperação entre os países envolvidos. No mercado de commodities, a redução das tensões geopolíticas e a normalização das cadeias de suprimento tenderiam a pressionar os preços do petróleo para baixo, gerando um efeito desinflacionário e aliviando os custos dos combustíveis e demais derivados. Para o agronegócio brasileiro, a estabilização dos preços dos fertilizantes, especialmente os de origem russa, representaria um avanço estratégico, tornando os insumos mais acessíveis e fortalecendo a competitividade do setor no mercado global”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.

“O encerramento do conflito entre Rússia e Ucrânia traria maior estabilidade global e afetaria diretamente os mercados. O principal impacto seria a redução nos preços das commodities, especialmente do petróleo e dos fertilizantes, aliviando a inflação global e beneficiando o agronegócio brasileiro, que depende de insumos russos. Com o menor risco geopolítico, o dólar pode se enfraquecer, favorecendo moedas emergentes como o real e atraindo mais investimentos para o Brasil. Além disso, um possível alívio inflacionário poderia acelerar cortes de juros pelo Banco Central, impulsionando setores como o imobiliário e o industrial. Embora o cenário pareça positivo, ainda há incertezas sobre os termos do acordo e seus desdobramentos, o que exige monitoramento contínuo dos mercados.”, Pedro Ros, CEO da Referência Capital.

“Embora a paz entre Rússia e Ucrânia ainda precise ser construída e não haja garantias de que será alcançada no curto prazo, o mercado já começa a reagir positivamente à possibilidade. Um exemplo disso é a queda de mais de 8% no preço do gás nos Estados Unidos. Caso um acordo de paz seja firmado, é provável que algumas sanções impostas à Rússia sejam suspensas, o que impactaria diretamente a oferta global de petróleo, já que o país é um dos maiores exportadores de petróleo bruto e seus derivados. Esse aumento na oferta poderia pressionar os preços para baixo, ajudando a conter a inflação global. Para o Brasil, esse cenário teria reflexos significativos. O país é um dos principais importadores de diesel russo e fertilizantes, insumos essenciais para o agronegócio. Com a possível queda nos custos desses produtos, poderíamos observar um alívio na inflação de alimentos, uma vez que o custo de produção também se tornaria menor. Já em relação ao dólar, a dinâmica é mais complexa e, sinceramente, menos previsível neste momento. A oscilação da moeda está mais atrelada a fatores internos dos Estados Unidos do que a desdobramentos geopolíticos externos. Então, prefiro focar no que temos mais visibilidade e compreender melhor os impactos diretos de uma possível trégua entre Rússia e Ucrânia“, Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital.

“O fim da guerra na Ucrânia pode trazer alívio aos mercados globais, com impacto direto nos preços do petróleo e do gás natural, que já registram queda, reduzindo pressões inflacionárias em diversas economias. Para o Brasil, a estabilização da oferta de fertilizantes russos pode diminuir custos para o agronegócio, impulsionando a competitividade do setor. Além disso, a redução das tensões geopolíticas pode fortalecer moedas emergentes em relação ao dólar, favorecendo um ambiente econômico mais estável e previsível para investidores e empresários”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

“O possível fim da guerra entre Rússia e Ucrânia pode trazer impactos significativos para a economia global e, consequentemente, para o Brasil. A redução das tensões geopolíticas tende a pressionar para baixo os preços do petróleo e de outras commodities, ajudando a aliviar a inflação em diversos países. No caso do Brasil, um fator crucial é a dependência dos fertilizantes russos, cujo custo disparou desde o início do conflito. Com a normalização da oferta, o agronegócio pode se beneficiar de insumos mais acessíveis, reduzindo os custos de produção e potencialmente impactando os preços dos alimentos”, João Kepler, CEO da Equity Fund Group.

“Com o fim da guerra, a normalização da oferta de petróleo poderia pressionar os preços para baixo, reduzindo custos logísticos e aliviando a inflação, criando um ambiente econômico mais estável e previsível. No agronegócio, a retomada do fornecimento de fertilizantes russos representaria um alívio crucial para os produtores brasileiros, que enfrentaram aumentos expressivos nos custos desde o início do conflito. Além disso, a diminuição das tensões geopolíticas poderia fortalecer moedas emergentes, como o real, aumentando a atratividade do Brasil para investimentos externos. No entanto, ainda há incertezas quanto aos termos de um possível acordo e seus desdobramentos, exigindo atenção redobrada dos mercados”,  André Matos, CEO da MA7 Negócios.

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