“O dólar já está perto dos R$ 6, e esse tipo de tensão entre as duas maiores economias do mundo costuma fazer a moeda americana subir ainda mais.”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.
“O impacto da tarifa de 104% vai além dos números. É o símbolo de um mundo que se fecha, onde o protecionismo volta com força e a previsibilidade dá lugar à volatilidade. Para o Brasil, esse ambiente é desafiador: inflação em alta, juros persistentes e mercado interno fragilizado. Ainda assim, há oportunidades — principalmente para as empresas que exportam. A alta do dólar, embora ruim para o consumidor, pode ser uma alavanca para consolidar novos mercados”, João Kepler, CEO da Equity Group.
“Com a taxação americana de 104%, o comércio global entra em zona de turbulência. A valorização do dólar é imediata e agressiva, penalizando o poder de compra dos brasileiros e encarecendo produtos essenciais. O Banco Central se vê numa encruzilhada: combater a inflação ou sustentar o crescimento? Em meio a esse impasse, os exportadores brasileiros respiram aliviados, pois ganham terreno. Mas essa vantagem só será sustentável se vier acompanhada de planejamento logístico e estabilidade institucional”, Theo Braga, CEO da SME New Economy.
“A elevação das tarifas comerciais para 104% pelos Estados Unidos sobre produtos chineses aumenta as tensões econômicas globais, com impactos diretos sobre o comércio internacional e a inflação. A medida pode desacelerar o comércio global, reduzir a oferta de produtos e gerar incertezas econômicas que afetam os mercados financeiros. No Brasil, essa situação tende a pressionar o real, tornando o dólar mais caro, o que aumenta os custos das importações e pode forçar o Banco Central a elevar as taxas de juros para controlar a inflação interna. O aumento do dólar impacta diretamente o Brasil ao elevar os preços de produtos importados e, consequentemente, pressionar a inflação. Para as empresas, especialmente aquelas que dependem de insumos estrangeiros ou competem com produtos internacionais, isso pode aumentar custos e reduzir a competitividade. No entanto, as exportadoras podem se beneficiar com o dólar mais alto, tornando seus produtos mais competitivos”, Felipe Uchida, Head do departamento de análises quantitativas e sócio da Equus Capital.
“Essa nova tarifa dos EUA sobre a China deixa a economia mundial mais instável. O dólar já está perto dos R$ 6, e esse tipo de tensão entre as duas maiores economias do mundo costuma fazer a moeda americana subir ainda mais. A valorização do dólar pode trazer inflação aqui no Brasil, porque encarece tudo o que importamos. Isso pressiona o Banco Central a aumentar os juros, o que afeta diretamente os investimentos e o custo do crédito. Por outro lado, com a China e os EUA em conflito, o Brasil pode ganhar espaço para exportar mais, principalmente no agronegócio, como soja e carne. No nosso mercado, de crédito estruturado para empresas, o momento pede atenção redobrada. É hora das empresas buscarem mais liquidez, alongar o caixa e se prepararem para um cenário mais volátil e imprevisível nos próximos meses”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.
“A taxação de 104% imposta pelos EUA sobre produtos chineses representa uma escalada significativa na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, com impactos diretos na economia global. Esse movimento deve agravar as tensões geopolíticas, desorganizar cadeias de suprimentos e pressionar ainda mais os preços internacionais, o que tende a fortalecer o dólar como ativo de segurança. Com o dólar já beirando os R$ 6, essa medida tende a intensificar a valorização da moeda americana frente ao real, podendo empurrá-lo além desse patamar, especialmente diante da fuga de capitais de países emergentes como o Brasil. Isso pressiona a inflação brasileira, já que produtos importados e insumos dolarizados — como combustíveis, fertilizantes e tecnologia — ficam mais caros, o que obriga o Banco Central a manter juros elevados por mais tempo, desestimulando investimentos produtivos e de infraestrutura. Para o setor de serviços, o impacto é duplo: aumento de custos operacionais e redução da demanda interna, especialmente em áreas como turismo, educação internacional, tecnologia e transporte, que sofrem diretamente com a alta do dólar e do custo de vida”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.
“A nova taxação de 104% imposta pelos EUA sobre produtos chineses agrava as tensões comerciais e eleva o risco de recessão global. O impacto imediato é a fuga de capital para ativos seguros, como o dólar, isso impulsiona o dólar para próximo dos R$ 6. Essa disparada da moeda americana está diretamente ligada à aversão ao risco e deve pressionar ainda mais a inflação no Brasil, encarecendo produtos importados e aumentando o custo de vida. Para o Brasil, o cenário é de cautela, já que um dólar mais forte torna o controle inflacionário mais difícil, reduz o poder de compra da população e pode forçar o Banco Central a manter juros elevados por mais tempo, afetando o crédito e o consumo. No mercado financeiro, a volatilidade afasta investidores estrangeiros da renda variável, reduzindo o fluxo para a Bolsa e aumentando o apetite por ativos conservadores. Apesar disso, há chances de o Brasil se beneficiar pontualmente, principalmente no agronegócio, com a China buscando novos parceiros comerciais fora dos EUA”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos.
“Quando os Estados Unidos impõem uma tarifa de 104% sobre produtos chineses, estão essencialmente desencadeando uma nova fase de instabilidade econômica global. O reflexo imediato é a valorização do dólar, que já beira os R$ 6 no Brasil, encarecendo importações e forçando o Banco Central a manter juros elevados. Para empresas brasileiras, especialmente as que dependem de insumos internacionais, esse cenário é desafiador. Mas para exportadoras, é também uma oportunidade rara de ganho de competitividade”, Jorge Kotz, CEO do Grupo X.
“Essa tarifa de 104% é mais do que uma medida comercial — é uma mensagem política com efeito dominó no mundo inteiro. O Brasil, como economia emergente e dependente de importações, sente os efeitos rapidamente com alta do dólar e inflação. Porém, há um contraponto: no agronegócio, a briga entre China e EUA abre portas. É a chance de consolidar mercados, aumentar exportações e mostrar ao mundo que somos mais do que um exportador oportunista — somos um parceiro estratégico”, André Matos, CEO da MA7 Negócios.
“A tarifa de 104% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos chineses é um divisor de águas na economia global. O protecionismo americano pressiona a inflação mundial e desorganiza cadeias de suprimentos críticas, com efeitos colaterais imediatos em países como o Brasil. Aqui, o real perde força, o custo de vida sobe e o Banco Central precisa rever suas estratégias monetárias. Ainda assim, o Brasil pode emergir como um beneficiário indireto, especialmente se souber ocupar lacunas deixadas pela China em mercados como o de grãos, proteína animal e minérios”, Pedro Ros, CEO da Referência Capital.
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