Dólar cai 1,33% e fecha cotado a R$ 5,59, enquanto moedas da América Latina lideram valorização no mercado internacional de câmbio
O real brasileiro foi a moeda de melhor desempenho entre as principais divisas globais nesta terça-feira (13).
De acordo com dados do terminal Refinitiv, divulgados pela CNN Brasil, por volta das 13h45 (horário de Brasília), o dólar comercial recuava 1,33%, sendo cotado a R$ 5,59.
O movimento positivo do real foi acompanhado por outras moedas latino-americanas.
O peso mexicano apresentou valorização de aproximadamente 1,10%, enquanto o peso chileno subiu 0,80%, reforçando a tendência de fortalecimento das moedas da região frente à divisa norte-americana.
Segundo analistas de mercado, fatores como o apetite por risco nos mercados emergentes, dados econômicos locais e expectativas quanto à política monetária dos Estados Unidos podem ter contribuído para esse desempenho conjunto.
Apesar do avanço, o cenário ainda é considerado volátil, especialmente diante das incertezas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed) e seus impactos no fluxo de capitais globais.
A valorização do real ocorre em meio a um ambiente de atenção redobrada por parte dos investidores às economias latino-americanas, que vêm demonstrando resiliência em determinados indicadores, mesmo diante de um contexto internacional desafiador.
A valorização do real frente ao dólar pode gerar impactos relevantes para a economia de Piracicaba, sobretudo em setores ligados ao agronegócio, à indústria exportadora e ao comércio
Piracicaba abriga empresas de peso nos setores agrícola e industrial, como montadoras, fornecedoras de autopeças e fabricantes de máquinas agrícolas. A queda do dólar pode influenciar:
Exportações locais: Empresas que vendem para o exterior, como fabricantes de máquinas e equipamentos agrícolas, podem ter redução na competitividade, já que seus produtos ficam relativamente mais caros para compradores estrangeiros.
Custo de importações: Por outro lado, indústrias que dependem de insumos importados, como componentes eletrônicos e tecnologias específicas, tendem a se beneficiar, com redução de custos.
Agronegócio: O setor agrícola, uma das principais forças econômicas da região, pode sentir os efeitos na formação dos preços de commodities. Com o dólar mais barato, produtores que exportam soja, açúcar ou etanol, por exemplo, podem ter margens de lucro reduzidas.
Comércio e consumo local: Para o consumidor piracicabano, um dólar mais baixo pode resultar, a médio prazo, em menor pressão inflacionária sobre produtos importados, como eletrônicos, medicamentos e alguns alimentos. Isso tende a conter a alta de preços, beneficiando o poder de compra da população.