Setor não só resistiu à pandemia como experimenta aumento nas vendas; motocicleta é ferramenta de trabalho, versatilidade, lazer e economia

As vendas de motocicletas em Piracicaba cresceram 47,3% em setembro na comparação com agosto, de acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional das Distribuidoras de Veículos). De acordo com a entidade representativa, foram vendidas na cidade, no mês passado, 224 motocicletas, ante 152 em agosto e também 152 vendidas em julho.

O comércio de motos resistiu à pandemia da Covid-19, impulsionado pelos serviços de entrega, que se tornou opção para diversos tipos de serviços que precisaram suspender o atendimento presencial durante a fase mais crítica da pandemia, como restaurantes e demais segmentos do comércio não essencial.

Com a pandemia houve um aumento de procura grande, mas como as fábricas reduziram a produção, hoje falta produto no mercado. Tem muita procura, mas as fábricas não estão suprindo a demanda e isso faz com que a procura maior que a oferta”, explicou Jorge Aversa, diretor do Grupo Aversa.

Segundo ele, atualmente, há fila de espera para motos de pequenas e grandes cilindradas. “Com a pandemia, os serviços de delivery aumentaram, mas aumentou também a procura por motos maiores. Essas motos são usadas mais para lazer, nos fins de semana. Depois de tudo que a gente passou, a pessoa passou a dar mais valor nos prazeres da vida. Isso fez que com as motos grandes fossem mais procuradas”, disse.

A venda de motos menores é responsável, no entanto, pela maior parte das vendas, cerca de 70%. “É um segmento que cresce bastante porque é um veículo versátil e econômico, além de ser uma ferramenta de trabalho”, explica. “O uso consciente da motocicleta é uma grande oportunidade de renda e de lazer para o consumidor”, finaliza.

Carros

A venda de carros também teve alta em setembro na comparação com agosto. De acordo com a Fenabrave, 511 unidades foram vendidas em Piracicaba no mês passado na comparação com agosto, quando 427 foram comercializadas. A alta no período é de 19,6%.

O setor, assim como o de motocicletas, é um importante gerador de emprego e renda. Desde lojas dedicadas à manutenção e venda de veículos, espalhadas por toda a cidade, à produção. É o caso da Hyundai, instalada no Parque Automotivo, que reúne fornecedores de peças em uma área de 1.390.000 m².