“Em vez de buscar um superávit para reduzir pressões inflacionárias e aliviar os juros, novas despesas são anunciadas, aumentando incertezas no mercado.”, diz Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital
“O IPCA-15 de fevereiro registou inflação de 1,23%. Abaixo das expectativas que anteviam avanço de 1,36%. Com o resultado, a inflação acumulada em doze meses atinge 4,96%, saindo de 4,5% no último mês. O avanço forte do índice é majoritariamente explicado pelo “rebote” dos preços de energia elétrica residencial, que avançaram 16,33% com o fim da incorporação do bônus da usina hidrelétrica de Itaipu, puxando a categoria de habitação para cima. Educação teve alta de 4,8%, fruto do incremento dos preços de cursos regulares. Observamos mais um resultado forte de alimentação no domicílio (0,61%), enquanto a inflação de serviços segue pressionada (0,68%), fruto dos rendimentos reais mais elevados, a despeito das expectativas que anteviam aumento de 1% na categoria. Os núcleos mais importantes, no entanto, seguem pressionados, com a média atingindo 0,6%, queda relativa de 0,06% em janeiro. Do ponto de vista prospectivo, as surpresas baixistas de educação, passagens aéreas e serviços subjacentes são boas notícias, apesar de termos um resultado bastante elevado”, José Alfaix, Economista Da Rio Bravo.
“O IPCA-15 de fevereiro registrou alta de 1,23%, mostrando que a inflação segue acelerando, impulsionada principalmente pelo aumento da energia elétrica e dos reajustes escolares. Isso reforça o desafio de trazer a inflação para a meta, ainda mais diante de um cenário fiscal expansionista. Com preços mais altos, o Banco Central pode ter que manter os juros elevados por mais tempo, encarecendo o crédito e impactando o crescimento econômico. A persistência da inflação corrói o poder de compra das famílias e aumenta a incerteza para empresas e investidores.”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike
“A alta do IPCA-15 em fevereiro reforça preocupações com a trajetória da inflação no Brasil, especialmente diante da persistência de pressões em setores essenciais, como habitação e educação. Esse movimento impacta a condução da política monetária, tornando mais desafiador estimar quando poderemos ver cortes na Selic, que ainda deve contar com mais aumentos de 1p.p. nas próximas reuniões do COPOM. Ao mesmo tempo, o governo segue adotando uma postura expansionista nos gastos públicos, como o pronunciamento do presidente Lula sobre novos benefícios sociais reforçou ontem, o que gera sinais contraditórios sobre seu compromisso com o equilíbrio fiscal. Em vez de buscar um superávit para reduzir pressões inflacionárias e aliviar os juros, novas despesas são anunciadas, aumentando incertezas no mercado. Esse descompasso entre política fiscal e monetária pode dificultar a queda sustentada da inflação e, consequentemente, o custo do crédito e o crescimento econômico.”, Felipe Vasconcellos, Sócio da Equus Capital
“O IPCA-15 desse mês mostrou uma inflação abaixo das expectativas, acumulada em 12 meses em 4,96%. O desafio segue para o controle da inflação, que permanece pressionada em setores essenciais como habitação e serviços. Além disso, a divulgação de novas despesas do governo, ao mesmo tempo em que visam estimular a economia, podem aumentar as incertezas no mercado e dificultar o combate à inflação, exigindo uma política monetária ainda restritiva e juros elevados.”, André Matos, CEO da MA7 negócios
“O IPCA-15 de fevereiro, ao registrar uma inflação de 1,23%, evidencia a persistente dificuldade do governo em controlar os índices de preços, com a alta nos custos de energia elétrica e educação intensificando a pressão inflacionária. Em um cenário de gastos públicos expansionistas, o governo se vê em um dilema, onde o aumento das despesas dificulta o equilíbrio fiscal e, consequentemente, torna mais desafiador o controle da inflação, mantendo a necessidade de juros elevados para tentar conter a alta dos preços e impactando negativamente a economia.”, João Kepler, CEO da Equity Group
“Esses dados refletem uma pressão inflacionária em setores específicos, e mesmo abaixo das expectativas, destacam uma dinâmica de inflação que seguirá exigindo atenção dos formuladores de política monetária nos próximos meses, especialmente no que se refere aos ajustes em tarifas reguladas.”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos
“O IPCA-15 de fevereiro, que registrou uma alta de 1,23%, reflete um cenário de pressão inflacionária, especialmente impulsionado por aumentos significativos nos preços de energia elétrica residencial e educação. A energia elétrica teve um avanço de 16,33%, devido ao fim da incorporação do bônus de Itaipu, impactando diretamente a categoria de habitação. Já a educação, com um aumento de 4,8%, foi pressionada pelos reajustes de cursos regulares. Além disso, os preços da alimentação no domicílio e os serviços continuam a mostrar alta, evidenciando que, apesar de algumas quedas em setores específicos, a inflação permanece desafiadora, dificultando os esforços do Banco Central e do governo para controlar o cenário econômico.”, Pedro Ros, CEO da Referência Capital
“O IPCA-15 de fevereiro registrou uma alta de 1,23%, impulsionada principalmente pelos aumentos nos preços da energia elétrica e da educação. A energia subiu 16,33%, com o fim do bônus de Itaipu, e a educação teve alta de 4,8% devido aos reajustes. Esses aumentos refletem uma inflação persistente, que, somada a um cenário fiscal expansionista, dificulta o controle da economia. O governo, ao manter gastos elevados, gera um desajuste fiscal que complica o trabalho do Banco Central em conter a inflação e coloca em risco a estabilidade econômica.”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio
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